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domingo, 9 de novembro de 2014

PROJETO DE LEITURA: “E SE O ALUNO FOSSE O AUTOR?”

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE.
CENTRO DE EDUCAÇÃO E ARTES – CELA.
CURSO DE LETRAS/PORTUGUÊS.












“E SE O ALUNO FOSSE O AUTOR?” 











RIO BRANCO-ACRE.
NOVEMBRO DE 2009.




ADRIANA ALVES DE LIMA
WILLIANICE SOARES MAIA











“E SE O ALUNO FOSSE O AUTOR”
 



Projeto apresentado ao curso de Graduação em Letras/Português da Universidade Federal do Acre, para obtenção da nota da disciplina “Investigação e Prática Pedagógica do Português IV”, ministrada pela professora Maria Ocidéa.








RIO BRANCO-ACRE.
NOVEMBRO DE 2009.

I- Tema: “E se o aluno fosse o autor” - Prática de leitura e produção de textos na escola. 
II- Problema 
      Esse trabalho tem o intuito de observar a atividade de leitura por parte dos professores de Língua Portuguesa do ensino médio da escola Lourenço Filho, é através desta observação que iremos analisar como esta prática de conhecimento está sendo mediada aos alunos, e se há retorno de saberes. 
III- Justificativas 
      As histórias estão presentes em nossa cultura há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, à construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir e de expressar-se. Além disso, a leitura aproxima a criança do universo das letras e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios cultuais: a escrita.
      As atividades do projeto são realizadas na escola da rede de ensino público estadual no Instituto de Ensino Fundamental e Médio Lourenço Filho, e consistem no compartilhamento de livros, histórias, opiniões e o próprio prazer da leitura. Em contato com os adolescentes do ensino médio, a equipe de Leitura narra histórias e a partir de tais narrativas irão produzir os seus próprios textos utilizando tanto o seu conhecimento adquirido como irão utilizar os elementos que compõe a era digital. Logo após os adolescentes e educadores exploram o acervo, aproximando o aluno da literatura com a perspectiva de transformá-lo em um sujeito letrado.
      Junto com os órgãos envolvidos, com o mesmo propósito e olhar fixado na mesma direção, chegaremos a alcançar nossos objetivos, proporcionando aos estudantes do ensino médio  o gosto e o prazer pela leitura, como se lê e como se interpreta tal leitura, procuramos manter um incentivo constante desde a leitura de uma boa  literatura clássica até a produção de seu próprio texto. Para a concretização desse projeto, precisamos também da participação da família, que esse incentivo precisa ir além das paredes da escola, nessa perspectiva organizaremos no final da execução do projeto a exposição dos trabalhos realizados pelos alunos aos pais e a comunidade.  
IV- Objetivos: 
Geral: 
      O objetivo principal desse projeto é fomentar o gosto pelo conhecimento e aproximar os alunos da prática de leitura, não mais de forma mecânica, mas sim, despertando e estimulando os interesses dos alunos através de uma nova proposta, inovadora e criativa, onde os mesmos participam ativamente do processo de aprendizagem. Nossa proposta é aproximar o aluno tanto para a prática da leitura, como para utilização dos novos meios de comunicação que existe em nossa sociedade, nossa função será promover a aprendizagem e que esta sirva para a construção de sujeitos capazes de identificar e produzir bons textos se utilizando da leitura.

Específicos 
  • Aproximar a literatura na escola e promover a aprendizagem para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questione e a transforme.
  • Aproximar a comunidade da escola, através de voluntários que colaborem com o projeto e inserindo-os no ambiente escolar.
  • A proposta é ensinar aos alunos a importância da leitura e estimula-los a construir seus próprios textos.

V- Revisão de literatura 
      Frequentemente ouvimos falar- e também falamos- sobre a importância da leitura em nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação de leitores competentes, com o que concordamos prontamente.
           Ora, abordar única e primeiramente a questão de aprendizado da leitura (ou outros aprendizados, aliás) num nível tão direta e exclusivamente técnico parece-nos ser uma visão perigosamente truncada do que acontece quando uma criança aprende a ler.
Jolibert 1994, aborda que o ato de ler é um ato complexo cuja compreensão se situa no cruzamento de vários eixos:
      • primeiramente, o conhecimento do próprio funcionamento do ato lexical e dos processos de leitura;
      • o conhecimento linguístico do funcionamento da língua escrita;
      • mas, também, a teoria do aprendizado usada como referência: O que uma criança aprende? Ou o que um jovem já aprendeu? Quais as relações entre aprender e ensinar?;
      • e, em particular, no encontro de uma criança, de um jovem, com o escrito, como atuam as interações adulto/criança, indivíduo/coletividade, etc. 

           Por isso é que não se trata primeiro de um inventário de técnicas (mesmo que renovadas), mas sim de uma problemática global. Nosso propósito é inverter essa problemática com relação às problemáticas tradicionais, pondo à frente o que dá um sentido à presença desses jovens na escola e ao seu aprendizado.
           A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor e exige do mesmo bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor.
           Nas considerações anteriores, explicitamos a concepção de leitura como uma atividade de produção de sentido. Pela consonância com nossa posição aqui assumida, merece destaque o trecho a seguir sobre leitura, extraído dos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa:
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo  tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.
In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC SEF, 1998. 
      Como vemos nesse trecho encontra-se reforçado, na atividade de leitura, o papel do leitor enquanto construtor de sentido, utilizando-se de estratégias, tais como seleção, antecipação, inferência e verificação. 
VI- Metodologia 
      O primeiro passo para o encaminhamento do projeto é a identificação de mais parceiros que apóiem as ações a ser desenvolvidas (empresas, bibliotecas, editoras, secretárias e coordenações de educação, ONGs, entidades comunitárias, etc). O projeto será    desenvolvido para a escola, é nessa fase que se faz um primeiro levantamento da escola que poderá ser beneficiada. Para isso devem ser levados em conta critérios como o interesse, a disponibilidade, o comprometimento e o desejo de agregar valores aos projetos de leitura que essa escola já venha desenvolvendo.
       Uma forma de criar os primeiros vínculos com a escola e perceber seu real interesse pela promoção da leitura é a utilizando um questionário diagnóstico. Em seguida, a equipe pedagógica deve apresentar ações para trabalharmos em parceria, dessa forma, ela torna-se co-autora do trabalho.
      Além disso, é nessa fase que se faz a divulgação para convidar os voluntários que atuarão dentro das escolas lendo para os alunos. Campanha de doação de livros também tornam o projeto viável.
      Ao organizar as informações levantadas, iremos conhecer a escola e a instituição interessada em participar do Projeto de Incentivo à Leitura. Assim, é possível definir, em conjunto, os objetivos e ações voltados para as necessidades dos adolescentes.
       Paralelamente, pode-se iniciar o processo de inscrição e seleção dos voluntários e definir qual seu papel na interação com os alunos da escola participante. Um cronograma de trabalho com a definição das ações culturais e educacionais e do número de participantes pode facilitar o início das atividades.
      Essa fase será iniciada com uma palestra de abertura oferecida por um especialista na área da educação. Esse é o momento em que a equipe do projeto se dedica à implementação das ações culturais e educacionais de fomento à leitura – levando em consideração a necessidade de se reunir acervos de textos literários próprio para adolescentes, ou seja, pretendemos ter uma percepção global do que realmente estamos procurando e o que iremos encontrar. Por isso estaremos nos antecipando e nos organizando adequadamente, para termos confiança na execução do projeto. 
VII- Cronograma 
DATA
ATIVIDADES
09/09/2009
Pesquisas para o planejamento do projeto.
10/09/2009
Adicionamos dados para o projeto.
15/09/2009
Estávamos à procura de voluntários para o projeto.
17/09/2009
Reunião com os gestores dos órgãos envolvidos.
22/09/2009
O projeto é editado como novo programa de incentivo à leitura na Escola Pública do Estado do Acre: Instituto Lourenço Filho.
24/09/2009
Às 14:00 hs será ministrada uma palestra para divulgação do projeto, no intuito de atrair voluntários, com o objetivo de colocá-lo em prática.
27/09/2009
O projeto será executado no ensino médio, com duração de dois meses.
01/10/2009
No primeiro mês de execução do projeto nossa proposta é lecionar uma aula sobre a importância da leitura nessa fase em que esses alunos se encontram, usando alguns instrumentos, com a ajuda da tecnologia como: data show, computador, DVD.
06/10/2009
No segundo mês de execução do projeto o nosso objetivo é aproximar o aluno do prazer pela leitura, usando novas técnicas, e ajuda da tecnologia mais uma vez. A proposta em parceria com as entidades envolvidas é utilizar uma obra clássica literária, por exemplo, Memórias Póstumas de Brás Cubas, do escritor brasileiro Machado de Assis, e propor que os alunos façam a leitura do livro.  
08/10/2009
Em seguida a proposta é criar uma oficina intitulada “Se eu fosse o autor”, o objetivo através dessa oficina é proporcionar uma leitura prazerosa, pois sabemos que os adolescentes não gostam de ler obras clássicas, e nessa oficina o aluno poderá dar a sua opinião e participar ativamente no processo de leitura e na produção textual. Depois de feita a leitura da obra passa-se para a fase seguinte.
13/10/2009
Nessa fase propomos ao aluno que produza um texto em forma de “cenas”, o objetivo é que os alunos mudem o final da história da obra, dando o final que desejarem de acordo com a criatividade de cada um. Depois de produzirem “os finais” para a obra, pedimos que de acordo com a produção de cada um, os mesmos façam desenhos (que seriam os cenários para cada cena produzida), depois iremos fotografar os desenhos com celulares de alta tecnologia, e iremos gravar as falas na modalidade oral, ou seja, todos os grupos irão passar pelo mesmo processo. Depois de feito esse trabalho com todos os grupos, vamos fazer uso de computadores, pois vamos passar do celular através de um cabo USB, tudo o que gravamos tanto áudio, como o vídeo, que no caso seria as fotos dos desenhos. Depois de todo esse processo feito vamos copiar e colar em um programa chamado Movie maker, que já vem inserido no pacote Windows XP, e vamos montar o nosso áudio-visual, que irá ser produzido pelos nossos alunos. Nossa proposta é elaborar os vídeos que os mesmos possam produzir, aproximando os alunos da leitura utilizando de elementos da era digital, e através desse projeto poder fazer a inclusão digital de muitos alunos que hoje ainda se encontram excluídos dessa nova era.

15/10/2009
Depois que produzirmos todos os vídeos, iremos fazer uma apresentação para a comunidade, pais de alunos e para os nossos colaboradores com o objetivo de mostrar que de uma maneira didática e divertida podemos aproximar os alunos que hoje não mostram interesse pela leitura, mas que na verdade o que falta é mecanismos que possam chamar atenção dos alunos para esse interesse, já que tem falado tanto em inclusão, observamos que podíamos unir essa inclusão na era digital junto com a participação da leitura. Muitos têm criticado a linguagem utilizada na internet, então resolvemos tirar algum proveito dessa criação humana que cada vez mais tem tomado conta da nossa sociedade.
Depois iremos emitir um certificado para comprovar que este aluno participou desse projeto.

 
X- Bibliografia 
JOLIBERT, Josette; trad. MAGNE, Bruno C. Formando crianças leitoras. Porto Alegre: Artes Médicas.1994. 
Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC SEF, 1998.


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