Universidade Federal
do Acre – UFAC.
Centro de Educação
Letras e Artes – CELA.
Curso de Letras
Português – DPLE.
A SEMÂNTICA
Rio
Branco – Acre.
FEVEREIRO/2010.
ADRIANA
ALVES DE LIMA.
A SEMÂNTICA DAS CLASSES
GRAMATICAIS
Trabalho
solicitado pelo docente Sérgio Santos, da disciplina de Língua Portuguesa XV,
como requisito para N2.
Rio
Branco – Acre.
FEVEREIRO/2010.
UMA CARACTERIZAÇÃO
SEMÂNTICA DAS CLASSES
GRAMATICAIS
As classes gramaticais, em muitas correntes teóricas, são
caracterizadas por uma conjunção de critérios morfológicos, semânticos e sintáticos,
dos quais tende a predominar o sintático. Porém, na gramática tradicional,
desde muito tempo, há uma intuição de que o critério semântico seria o
principal definidor das classes. Partindo-se dessa intuição, o presente
trabalho, de natureza teórica, objetiva argumentar a favor de uma análise
semântica do fenômeno.
Enfocando nas classes
gramaticais de natureza lexical (substantivo, adjetivo e verbo), procura-se
mostrar que, embora a delimitação das classes unicamente pela semântica seja de
fato comprometida, é possível compreender as classes gramaticais como
categorias semânticas. Para isso, é invocado o quadro teórico da Gramática
Cognitiva, embora autores de outras correntes também apresentem a mesma idéia.
Também se procura analisar a mudança de classe gramatical segundo essa perspectiva.
A semântica estuda o significado
das palavras. Conhecer o significado das palavras é
importante, pois só assim o falante ou escritor será capaz de selecionar a
palavra certa para construir a sua mensagem.
Por esta razão, é importante
conhecer fatos lingüísticos como: sinônimos, antônimos, homônimos,
parônimos, polissemia, denotação, conotação, figuras
e vícios de linguagem.
SINONÍMIA (sinônimos): palavras que possuem
significados iguais ou semelhantes.
ANTONÍMIA (antônimos): palavras que possuem
significados diferentes.
PALAVRAS HOMÔNIMAS: são iguais no som e/ou na
escrita, mas possuem significados diferentes. Dividem-se em: homônimas
perfeitas, homônimas homógrafas, homônimas homófonas.
-
HOMÔNIMAS PERFEITAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia, a mesma grafia, porém classes gramaticais são diferentes. Exemplos:
São palavras que possuem a mesma pronúncia, a mesma grafia, porém classes gramaticais são diferentes. Exemplos:
-
Caminho (substantivo) – Caminho (verbo caminhar)
- O caminho para a minha casa é muito movimentado.
- Eu caminho todos os dias.
- O caminho para a minha casa é muito movimentado.
- Eu caminho todos os dias.
-
Cedo (Advérbio) – Cedo (verbo ceder)
- Eu cedo livros para a biblioteca.
- Levantou cedo para estudar.
- Eu cedo livros para a biblioteca.
- Levantou cedo para estudar.
-
HOMÔNIMAS HOMÓGRAFAS
São palavras que possuem a mesma grafia, porém a pronúncia é diferente.
São palavras que possuem a mesma grafia, porém a pronúncia é diferente.
-
Colher (substantivo) – Colher (verbo colher)
- Eu comprei uma colher de prata.
- Chamei minha vizinha para colher frutas na horta da fazenda.
- Eu comprei uma colher de prata.
- Chamei minha vizinha para colher frutas na horta da fazenda.
-
Começo (substantivo) – Começo (verbo)
- O começo do filme foi muito legal.
- Eu começo a entender este livro.
- O começo do filme foi muito legal.
- Eu começo a entender este livro.
HOMÔNIMAS
HOMÓFONAS
São palavras que possuem a mesma pronúncia, porém a grafia e o sentido são diferentes.
São palavras que possuem a mesma pronúncia, porém a grafia e o sentido são diferentes.
Serrar
– Cerrar
serrar: cortar
cerrar: fechar
serrar: cortar
cerrar: fechar
Cassar
– Caçar
cassar: anular
caçar: procurar (alimento);
cassar: anular
caçar: procurar (alimento);
LISTA
COM ALGUNS HOMÔNIMOS
Acender: pôr fogo
Ascender: subir
Acender: pôr fogo
Ascender: subir
Coser:
costurar
Cozer: cozinhar
Cozer: cozinhar
Cheque:
ordem de pagamento
Xeque: lance de jogo de xadrez
Xeque: lance de jogo de xadrez
Espiar:
observar, espionar
Expiar: sofrer castigo
Expiar: sofrer castigo
Cessão:
ato de ceder
Seção: divisão
Sessão: reunião
Seção: divisão
Sessão: reunião
PALAVRAS
PARÔNIMAS
São palavras parecidas na pronúncia e na grafia, mas com significados diferentes.
São palavras parecidas na pronúncia e na grafia, mas com significados diferentes.
Discriminar
– Descriminar
Discriminar: separar, listar
Descriminar: inocentar
Discriminar: separar, listar
Descriminar: inocentar
Desapercebido
– Despercebido
Desapercebido: desprovido, quem não está ciente, quem não tomou consciência (é derivado do verbo aperceber-se, que significa tomar ciência).
Desapercebido: desprovido, quem não está ciente, quem não tomou consciência (é derivado do verbo aperceber-se, que significa tomar ciência).
Despercebido:
não percebido (é derivado do verbo perceber).
LISTA
COM ALGUNS PARÔNIMOS
Absolver:
perdoar
Absorver: sorver
Absorver: sorver
Incidente:
episódio
Acidente: desastre
Acidente: desastre
Ratificar:
confirmar
Retificar: corrigir
Retificar: corrigir
Destratar:
tratar mal, insultar
Distratar: romper um trato, desfazer
Distratar: romper um trato, desfazer
POLISSEMIA
A mesma palavra apresenta significados diferentes que se explicam dentro de um contexto.
A mesma palavra apresenta significados diferentes que se explicam dentro de um contexto.
-
O menino queimou a mão. (parte do corpo)
- Dei duas mãos de tinta na parede. (camadas)
- Ninguém deve abrir mão de seus direitos. (deixar de lado, desistir)
- A decisão está em suas mãos. (responsabilidade, dependência)
- Dei duas mãos de tinta na parede. (camadas)
- Ninguém deve abrir mão de seus direitos. (deixar de lado, desistir)
- A decisão está em suas mãos. (responsabilidade, dependência)
POLISSEMIA
E HOMÔNIMOS PERFEITOS
Polissemia:
é resultante dos diferentes significados que uma palavra foi adquirindo através
dos tempos.
Homônimos
perfeitos: grafia e som iguais, porém as classes gramaticais são diferentes.
DENOTAÇÃO
E CONOTAÇÃO
As
palavras podem ser usadas com o seu significado original, real (denotação) ou
com um significado novo, diferente do original (conotação).
-
O gato da minha vizinha sempre brinca comigo. (denotação – animal de estimação)
-
Eu acho aquele ator o maior gato. (conotação – bonito)
Quando
usamos a linguagem em seu sentido figurado, estamos fazendo uso das diversas
figuras de linguagem que existem (metáfora, metonímia,
prosopopéia, hipérbole,
etc).
Certas
vezes, o falante desconhece algumas normas gramaticais e comete alguns erros,
em outras ocasiões, ele simplesmente é descuidado e acaba (ao falar ou
escrever) unindo sílabas que formam um som desagradável ou obsceno.
Todos
estes desvios são chamados vícios de linguagem.
Os
principais são: barbarismo, solecismo, cacofonia, ambigüidade e redundância.
BARBARISMO: são desvios na grafia, na
pronúncia ou na flexão.
-
Pograma (em vez de programa)
- Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica)
- Etmologia (em vez de etimologia, com – i -)
- Quando eu pôr o vestido. (o certo seria – Quando eu puser o vestido)
O policial interviu. (O certo seria interveio)
- Rúbrica (em vez de tonificar o – bri -, rubrica)
- Etmologia (em vez de etimologia, com – i -)
- Quando eu pôr o vestido. (o certo seria – Quando eu puser o vestido)
O policial interviu. (O certo seria interveio)
Observação: quem abusa das palavras
estrangeiras grafando-as como na língua original, também comete barbarismo.
Abajur:
e não “abat-jur”.
Coquetel: e não “cocktail”.
Coquetel: e não “cocktail”.
SOLECISMO: Desvio na sintaxe.
Exemplo:
“Houveram eleições para representante de turma.”
O
certo é “Houve….” (erro de concordância)
-
Assisti esse filme no cinema.
O
certo é “Assisti a esse…..” (erro de regência)
CACOFONIA: Som desagradável ou obsceno.
-
Hilca ganhou um prêmio.
- A boca dela está sangrando.
- A boca dela está sangrando.
AMBIGÜIDADE: Duplo sentido.
-
O cachorro do seu irmão avançou na minha amiga. (cachorro
pode ser o animal (cão), ou uma qualidade
(vagabundo, assanhado) para irmão
REDUNDÂNCIA: é a repetição de idéias.
-
Maria subiu lá em cima para ver o balão.
- José inventou novos brinquedos para o filho.
- José inventou novos brinquedos para o filho.
OBS:
Não há redundância em “intrometer-se no meio” e “voltar-se para trás”.
Uma
pessoa pode intrometer-se no início, meio ou fim de uma conversa, assim como
alguém pode voltar-se para o lado.
CONJUNÇÕES
Em linhas gerais, a
missão gramatical das conjunções é unir elementos de mesmo valor funcional, não
somente os isolados como também os agrupados.
As definições
infracitadas se fazem em comum para Bechara, Lima e Cunha & Cintra.
Como sua missão é reunir unidades independentes, pode além
“conectar” duas unidades menores que a oração, desde que do mesmo valor
funcional dentro do mesmo enunciado. (BECHARA, 2004: 319)
Conjunções são palavras que relacionam entre si:
a)Dois elementos da mesma natureza (substantivo + substantivo,
adjetivo + adjetivo, advérbio + advérbio, oração + oração etc.). (LIMA, 2003:
184)
Conjunções são os vocábulos gramaticais que servem para relacionar
duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração. (CUNHA & CINTRA,
2001: 579)
As conjunções e o estudo
dos aspectos semântico
As conjunções
coordenativas possuem um caráter e um papel nas estruturas onde se inserem.
Portanto, as relações de independência entre os elementos do enunciado são
marcadas por essa dualidade característica. Embora sejam independentes, existe
uma relação significativa entre esses elementos. Em outras palavras, no plano
sintático não há dependência entre as orações, por outro lado se relacionam
semanticamente.
O valor significativo
das conjunções é definido quando se consegue compreender o caráter e o papel
desempenhados por elas na estrutura oracional.
As orações conectadas
traduzirão por si mesmas, com a presença do conector sintático, o valor
semântico do período por elas composto.
Assim, as orações “...
ele deu uma índole expressiva, e fez dessa personalidade um autor...” (PESSOA,
1986: 82) e “Tudo é mistério e tudo está cheio de significado.” (Idem,
p. 38) possuem conectores sintáticos de mesmo caráter: e,
correspondentes às orações coordenadas sindéticas aditivas. Porém, esse
conector desempenha um papel diferenciado entre (1) e (2).
Em (1), o caráter e o
papel são equivalentes. A conjunção é de valor aditivo bem como as orações que
se unem transmitem adição de enunciados. Não só a conjunção aditiva está
presente como também a relação semântica é de adição. O autor soma informações
utilizando a conjunção e, pois une as idéias: deu e fez,
duas ações verbais. Há soma de dois verbos, portanto tem-se o mesmo valor
funcional em cada uma das palavras conectadas.
Em (2), o caráter e o
papel divergem. A conjunção, embora seja de caráter aditivo, desempenha um
papel de oposição. Portanto, verifica-se que as orações se unem por oposição
dos enunciados. Este fato acontece porque o autor primeiramente afirma tudo ser
mistério, e em seguida diz que tudo está cheio de significado. Como tudo pode
ser mistério e estar cheio de significado? Por mais curioso que pareça, esta
foi a forma que Pessoa empregou para criar uma expressão adversativa não muito
comum, mas que o falante pode construir uma vez que a coordenação o permite,
sem que acarrete problemas na compreensão de idéias. Novamente se apresentam
dois verbos: é e está, elementos de mesmo valor funcional na
oração. As duas orações foram conectadas por uma conjunção aditiva por
excelência, mas a relação semântica entre elas é de oposição.
Observa-se, por essas
orações, que o aspecto semântico das conjunções coordenativas se define através
do caráter e do papel que estas desempenham na oração. E, por esta razão, as
orações independentes são marcadas por uma relação de valores significativos.
Examinando-se o sentido
dicionarizado da palavra conjunção, obtém-se: “S. f.
1. União, encontro. 5. E. Ling. Palavra invariável
que liga duas orações ou dois termos semelhantes da mesma oração.” (FERREIRA,
1999: 530).
A partir dessa
definição, conclui-se que, em se tratando de uma palavra que liga orações ou
termos, sua posição na estrutura deve ser central. A conjunção coordenativa, se
observada por lógica funcional, posiciona-se no meio, entre as orações, uma vez
que promove uma “conexão” entre as mesmas.
A diferença entre as “conjunções-conjunções” e as
“conjunções-advérbios” reside na possibilidade que algumas têm de serem
deslocadas na sua oração.
Exs.: Todos estão surpresos, mas essa
é a realidade.
– mas tem posição fixa: é conjunção
Todos estão surpresos, (contudo) essa (contudo)
é (contudo) a realidade (contudo).
– contudo tem posição móvel: não é conjunção. (HENRIQUES,
2003: 101)
Afirma-se então, sob o aspecto sintático, que a conjunção
coordenativa não possui mobilidade em seu posicionamento, pois que deve
localizar-se entre as orações. Em outras palavras, na estrutura sintática de
períodos coordenados, o conector posiciona-se centralmente, uma vez que liga as
orações independentes que pertencem ao enunciado.
O posicionamento central das conjunções é característico dessa
classe de palavras. Não apenas por uma questão sintática, que reserva ao
conectivo uma posição de “elo” entre as orações. É também uma questão
semântica, que gramaticalmente requer a conjunção posicionada entre as orações,
para que o período possa ser inteligível. Do contrário, a comunicação não
ocorrerá, pois a construção da idéia não será elaborada conforme os moldes
sintáticos que o falante conhece.
Morfologicamente, sabe-se que as conjunções são palavras
invariáveis. Ou seja, não permitem ser-lhes desinências acrescentadas. São
palavras que por si (isoladas) não possuem significado intrínseco, apenas
contém valor semântico definido pela relação significativa que estabelecem
entre os enunciados. Por isso, são definidas como morfemas gramaticais,
diferentes dos morfemas lexicais (substantivos, adjetivos, verbos e advérbios
de modo).
Como se constata em:
São morfemas gramaticais os artigos, os pronomes, os numerais, as
preposições, as conjunções, e os demais advérbios, bem como as formas
indicadoras de número, gênero, tempo, modo ou aspecto verbal. (CUNHA &
CINTRA, 2001: 77)
Quanto à atuação:
...pode também “conectar” duas unidades menores que a oração,
desde que do mesmo valor funcional dentro de mesmo enunciado. Assim:
Pedro e Maria (dois substantivos)
Ele e ela (dois pronomes)
Ele e Maria (um pronome e um substantivo)
rico e inteligente (dois adjetivos)
Ontem e hoje (dois advérbios)
Saiu e voltou (dois verbos)
Com e sem dinheiro (duas preposições) (BECHARA, 2004: 319)
VERBO
É o
nome dado à classe gramatical que designa uma ocorrência ou situação. É uma das
duas classes gramaticais nucleares do idioma, sendo a outra o substantivo. É o
verbo que determina o tipo do predicado, que pode ser predicado verbal, nominal
ou verbo-nominal. O verbo pode designar ação, estado ou fenômeno da natureza.
Classificação
Os
verbos admitem vários tipos de classificação, que englobam aspectos tanto
semânticos quanto morfológicos. Podem ser divididos da seguinte forma:
Quanto à semântica
Verbos transitivos: Designam
ações voluntárias, causadas por um ou mais indivíduos, e que afetam outro(s) indivíduo(s)
ou alguma coisa, exigindo um ou mais objetos na ação. Podem ser transitivos
diretos que não possuem sentido completo,logo ele necessita de um
complemento,sendo este complemento chamado de objeto direto.E verbo transitivo
indireto-Que também não possui sentido completo e necessita de um objeto
indireto,que necessariamente exigem uma preposição antes do objeto. Exemplos: dar,comer,
fazer, vender, escrever, amar etc.
Verbos intransitivos: Designam
ações que não afetam outros indivíduos. Exemplos: andar, existir, nadar, voar
etc.
Verbos impessoais: São verbos
que designam ações involuntárias. Geralmente (mas nem sempre) designam
fenômenos da natureza e, portanto, não têm sujeito nem objeto na oração.
Exemplos: chover, anoitecer, nevar, haver (no sentido de existência) etc. Todo
verbo impessoal é também intransitivo.
Verbos de ligação: São os verbos
que não designam ações; apenas servem para ligar o sujeito ao predicativo.
Exemplos: ser, estar, parecer, permanecer, continuar, andar, tornar-se, ficar, viver,
virar etc..
ADJETIVO
É uma
palavra que caracteriza um substantivo
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Flexionam-se em gênero, número e grau.
Sua
função gramatical pode
ser comparada com a do advérbio
em relação aos verbos,
aos adjetivos e a outros advérbios.
Exemplos:
borboletas
azuis
céu cinza
sandálias
sujas
Da
mesma forma que os substantivos,
os adjetivos contribuem para a organização do mundo em que vivemos. Assim,
distinguimos uma fruta azeda de uma doce, por exemplo. Eles também estão
ligados a nossa forma de ver o mundo: o que pode ser bom para uns pode ser mau
para outros.
Classificação
dos adjetivos
Os
morangos são vermelhos. Vermelhos caracteriza o substantivo morangos e por
isso, é um adjetivo.
Quanto
à semântica
A
classificação semântica dos adjetivos pode variar de acordo com o tipo de
característica que exprimem. Alguns exemplos:
Cor: verde, amarelo, azul, branco, etc.
Forma: quadrado, redondo, triangular, etc.
Temperatura: quente, frio, morno, gelado,
etc.
Intensidade: forte, fraco, moderado, etc.
Proporção: grande, médio, pequeno, nanico,
enorme, etc.
Qualidade: bom, bonito, amável, agradável,
etc.
Defeito: mau, ruim, feio, horrível, etc.
Adjetivos gentílicos: brasileiro,
português, paulista, carioca, lisboeta, etc.
LOCUÇÃO
ADJETIVA
Na
foto, uma mãe e seu filho. A mãe possui um amor de mãe ou maternal por seu
filho. O adjetivo de mãe é locução adjetiva, pois são duas palavras que possuem
o valor de um adjetivo
Locução adjetiva é a reunião
de duas ou mais palavras com função de adjetivo. Elas são usualmente formadas
por:
uma preposição
e um advérbio
uma
preposição e um substantivo
Exemplos:
Conselho
da mãe = Conselho materno
Dor de
estômago = Dor estomacal
Período
da tarde = Período vespertino
Anexo:Lista de classes de palavras
As
palavras podem ser de dois tipos quanto à sua flexão: variáveis ou invariáveis.
Palavra
variável é aquela que pode alterar a sua forma.
Palavra
invariável é aquela que tem forma fixa.
Dentre
as formas variáveis e invariáveis, existem dez classes gramaticais, a saber:
Classes principais: são a base do
idioma e formam o núcleo das orações, a saber:
Substantivos
- Classe de palavras variáveis com que se designam e nomeiam os seres em
geral.
Verbos - Classe
de palavras de forma variável que exprimem o que se passa, isto é, um
acontecimento representado no tempo. Indicam ação, fato, estado ou fenômeno.
Toda palavra que se pode conjugar.
Satélites: servem para exprimir atributos
das classes principais, a saber:
Artigos -
Classe de palavras que acompanham os substantivos, determinando-os.
Adjetivos -
Classe de palavras que indicam as qualidades, origem e estado do ser. O
adjetivo é essencialmente um modificador do substantivo.
Numerais -
Classe de palavras quantitativas. Indica-nos uma quantidade exata de pessoas ou
coisas, ou o lugar que elas ocupam numa série.
Pronomes
- Classe de palavras com função de substituir o nome, ou ser; como também
de substituir a sua referência. Servem para representar um substantivo e para o
acompanhar determinando-lhe a extensão do significado.
Advérbios -
Classe de palavras invariáveis indicadoras de circunstâncias diversas; é
fundamentalmente um modificador do verbo, podendo também modificar um adjetivo,
outro advérbio ou uma oração inteira.
Conectivos: Servem para estruturar a sintaxe
de uma oração, a saber:
Preposições -
Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas subordinando a segunda à
primeira palavra.
Conjunções -
Classe de palavras invariáveis que ligam outras duas palavras ou duas orações.
Interjeições - Classe
de palavras invariáveis usadas para substituir frases de significado emotivo ou
sentimental.
REFERÊNCIAS
BECHARA, Evanildo. Lições de português pela análise
sintática. 16ª ed. ver e ampl.. Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
––––––. Moderna
gramática portuguesa. 37ª ed. rev. e ampl. Rio de janeiro: Lucerna, 2004.
CUNHA, Celso e CINTRA,
Lindley. Nova gramática do português contemporâneo.
3ª ed.– Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001.
FERREIRA, Aurélio
Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3ª ed. rev. e ampl. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.
HENRIQUES, Claudio
Cezar. Sintaxe portuguesa.
Rio de Janeiro: Oficina do Autor, 2003.
LIMA, Carlos Henrique
da Rocha. Gramática normativa da
língua portuguesa. 43ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 20
MARONEZE, Bruno Oliveira. Uma caracterização semântica das classes Gramaticais. Disponível
em: http://www.infoescola.com/portugues/semantica/.
Acessado em: 15 de Fevereiro de 2010.
SILVA, Luciana Varella da,
& Oliveira, Fátima Helena
Azevedo de. (UNESA). Disponível em:
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/15/08.htm.
Acessado em: 15 de Fevereiro de 2010.
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