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domingo, 9 de novembro de 2014

SILVA, NICE HORNBURG RUBIA DA. TEORIAS SOBRE O CURRÍCULO

            Em seu artigo Nice Hornburg aborda e nos chama atenção para a compreensão sobre os conceitos e que caminhos o currículo percorreu em seus estudos. Um dos principais pontos abordados neste artigo é analisar as teorias sobre currículo e suas principais indagações e se estas interferem em nossa prática.
            Em 1920 surgiu uma grande preocupação com o currículo como objeto de estudo, principalmente nos EUA. Porque essa preocupação?
            Percebemos que nesse período surge a industrialização e também o processo de escolarização das massas. Ou seja, as pessoas que estavam ligadas a educação tinham grande preocupação em desenvolver e testar os currículos.
            A visão que se tinha sobre currículo era com “especificação precisa de objetos, procedimentos e métodos para obtenção de resultados” (pág. 01).
            Embora este conceito ser de grande importância para a educação, muitas outras teorias surgiram para questionar o currículo e tentar explicá-lo.
            Muitas questões foram levantadas sobre essas teorias: Que conhecimento deve ser ensinado? O que merece ser válido no currículo?
            Responder essas perguntas talvez não seja fácil, mas percebemos o porque da escolha de certas disciplinas. O que queremos de nossos alunos? Alunos críticos ou obedientes?
            A questão do currículo está envolvido a questões de poder, “a classes sociais (classe dominante x classe dominada) e questões raciais, étnicas e de gênero”(pág. 01).
            Ou seja, esse currículo não é apenas uma questão de conteúdos e percebemos esse conceito na teoria tradicional. Essa teoria procurava “ser neutra, e seu foco era formar trabalhadores especializados e proporcionar uma educação geral, acadêmica, à população” (pág.02).
            Essa teoria tem como principal representante Bobbit, que escreve sobre currículo em um período onde as forças políticas, econômicas e culturais procuravam a educação em massas para garantir a ideologia.
            Sua proposta era que a escola funcionasse como empresa comercial ou industrial. Observamos que o principal objetivo de se educar as massas, ou seja, a população, não era para que o conhecimento fosse compartilhado, e sim para assegurar a ideologia da burguesia.
            O currículo nesse momento era organizado de forma mecênica e burocrática. Fazia-se um levantamento de habilidades, e desenvolviam currículos que permitissem que essas habilidade fosse desenvolvidas.
            O texto apresenta a teoria de Dewey, na qual a grande “preocupação era com a democracia do que com a economia”(pág. 02).
            O que era essa democracia? Era uma educação feita por todos e para todos em nossos conceitos. Essa teoria dava importância a experiência das crianças e jovens, mas sua visão não estava direcionada para a ocupação na vida adulta. Dar educação para todos, significa dizer que irá ter trabalho para todos?
            A preocupação em ensinar os filhos do proletariado, tinha uma “intenção”, era a obediência.
            Já as teorias críticas e pós-críticas argumentam que nenhuma teoria é neutra, cientifica ou desinteressada, mas que implica em relações de poder.
            Nice Hornburg afirma que a partir de 1960 em todo o mundo surgem teorias indagando a forma e a estrutura de educação tradicional, especifico sobre o currículo. Percebemos que nessa teoria usa-se a análise marxista, onde procura-se desenvolver conceitos que permitam compreender o que o currículo faz.
            O texto cita um filósofo francês Althusser, onde pontua que” a sociedade capitalista depende da reprodução de suas práticas econômicas para manter a sua ideologia” (pág.02). Este afirma que a escola é uma forma utilizada pelo capitalismo para manter sua ideologia, pois por um bom tempo atinge toda a população.
            Nessa visão  compreendemos que a classe dominante através do currículo transmite seus ideais através das disciplinas e conteúdos que reproduzem seus interesses, ou seja, há uma seleção do que vai ser ensinado às crianças menos favorecidas, estas acabam saindo da escola com ensino limitado e com habilidades simplesmente para serem submissas e obedientes as classes dominante.
            Enquanto os estudantes de escalões superiores tem oportunidade de se expressar, praticam comando de autonomia, ou seja, são treinados para liderar enquanto a classe baixa treinada a obedecer.
Portanto o currículo tem um papel muito importante dentro da escola, este está diretamente relacionado a nós mesmos, o que vamos aprender e o que iremos nos tornar.
Será que seremos a classe dominante ou a classe dominada?
            Não sabemos responder esta questão, pois ainda existem profissionais com uma visão tradicional. Mas, nós com futuros educadores, temos a consciência, que existe novas maneiras de ensinar, só depende de como queremos que os nossos alunos se tornem, será que alunos críticos ou submissos?



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