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domingo, 9 de novembro de 2014

PROJETO DE LEITURA

1. IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
1.1 TÍTULO: A FALTA DE MOTIVAÇÃO PARA A PRATICA DE LEITURA EM SALA DE AULA
1.2 PROGRAMA: Educação, Cultura, Comunicação.
1.3 PÚBLICO ALVO: Adolescentes que estejam cursando o ensino médio.
 2. PROBLEMATIZAÇÃO: O que ocorre? Desinteresse do aluno ou do professor? O professor é um leitor? Quais didáticas são usadas em sala de aula? O que elas abrangem? Por quê? Que efeito a leitura traz para o desenvolvimento do aluno?
3. JUSTIFICATIVA: A escolha do tema abordado se deu através de uma preocupação que hoje se torna cada vez mais presente no âmbito educacional, que é a dificuldade encontrada em se trabalhar leitura em sala de aula, pode-se dizer que esse problema engloba uma série de aspectos desde as didáticas de ensino, até mesmo as questões culturais. De acordo com observações feitas em sala de aula, com alunos cursando o primeiro ano do ensino médio na escola de ensino fundamental e médio Instituto de educação Lourenço Filho, para disciplina de Investigação e práticas pedagógicas IV, podemos nos questionar sobre a falta de motivação para prática de leitura em sala de aula. Essa é uma questão um pouco complexa, principalmente quando se pergunta com está o desinteresse, no aluno ou no professor? Na verdade podemos citar as duas partes como problemática: o aluno que muitas vezes não possui o hábito da leitura, onde as séries iniciais não procuram desenvolver esse hábito, mas introduz a leitura como uma simples forma de decodificação de signos, os pais dos alunos que também não possuem esse hábito, e por isso, não incentivam os seus filhos a desenvolver essa prática e ainda podemos citar outra questão muito importante, que influência o professor exerce sobre a prática da leitura no aluno. Vejamos o papel do professor como um transmissor de conhecimentos, se aplicarmos na área da leitura, vemos que o professor tem uma significativa importância sobre essa questão, pois, como o professor pode desenvolver o gosto pela leitura no aluno se muitas vezes ele não é um leitor? “Se o educador é o que sabe, se os educandos são os que nada sabem, cabe àquele dar, entregar, levar, transmitir o seu saber aos segundos” (Maria Helena Martins, 1994).
 É importante ressaltar, que a leitura não pode ser encarada como uma simples decodificação, mas, o professor precisa trabalhar textos que estimule o aluno a pensar, a ser crítico, a querer exercer um papel social, ou seja, estar informado de tudo o que acontece na sociedade em que está inserido, construindo gradativamente o hábito pela leitura, mas, para que isso ocorra, o professor precisa ser um leitor e está atualizado com os acontecimentos, que ocorre no mundo. São exatamente através desses acontecimentos, que ele pode introduzir a leitura em sala de aula, trazendo textos jornalísticos, revistas e outros.
De acordo com nossas observações, existe uma outra problemática, muitas vezes, o professor até leva textos para sala de aula, fazendo com que o aluno venha debater sobre assuntos do seu cotidiano, instigando o pensamento crítico, mas, por falta de recurso ou mesmo desinteresse por parte da instituição escolar, esses textos ficam apenas dentro da sala, pois, o professor não dispõe de material suficiente para distribuir para seus alunos levarem para casa e fazer uma análise mais profunda.
Art. 4º As propostas pedagógicas das escolas e os currículos constantes dessas propostas incluirão competências básicas, conteúdos e formas de tratamento dos conteúdos, previstas pelas finalidades do ensino médio estabelecidas pela lei:
I - desenvolvimento da capacidade de aprender e continuar aprendendo, da autonomia intelectual e do pensamento crítico, de modo a ser capaz de prosseguir os estudos e de adaptar-se com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento;
Art. 2º A organização curricular de cada escola será orientada pelos valores apresentados na Lei 9.394, a saber:
I - os fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; (DCNs...).
Art. 6º Os princípios pedagógicos da Identidade, Diversidade e Autonomia, da Interdisciplinaridade e da Contextualização, serão adotados como estruturadores dos currículos do ensino médio.
Art. 7º Na observância da Identidade, Diversidade e Autonomia, os sistemas de ensino e as escolas, na busca da melhor adequação possível às necessidades dos alunos e do meio social: (DCNs...).

De acordo com as Diretrizes Curriculares, as propostas disciplinares e conteúdos não é uma regra, podem ser adaptados de acordo com a realidade do aluno, mas infelizmente isso não ocorre, falta na realidade materiais adequados para que o aluno tenha um bom aprendizado e o professor possa não apenas abordar o assunto proposto, mas, levar ao âmbito da sala de aula materiais necessários para tornar a aula num ato reflexivo e prazeroso. De acordo com as vivências e conhecimentos que o aluno tem no seu cotidiano. Como teremos filhos e alunos leitores se temos pais e professores que não lêem? Esta é uma questão a se pensar, e usar como uma problemática que precisa ser trabalhada dentro das escolas e desenvolvida nas salas de aula, para que futuramente mude esse quadro, que cada vez aumenta mais com o desenvolvimento de novas tecnologias, deixando os alunos mais acomodados para o que já está pronto e acabado, esquivando-se das leituras e pesquisas que podem contribuir muito mais para o seu conhecimento. Além disso, fazer valer o que nos propõe os DCNs e a LDB, quando nos diz que o aluno tem direitos, mas na verdade o governo impõe o que ele quer, e isso implica em não formar na verdade cidadãos consciente, pois, a escola hoje atende a um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.
Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. (LDB...)
A LDB nos fala de uma educação com finalidade no pleno desenvolvimento do educando, liberdade de aprender, pesquisar e divulgar a cultura e gestão democrática, mas na verdade, são princípios mascarados, pois os órgãos governamentais não têm nenhum interesse em promover uma educação de boa qualidade, não querem cidadãos conscientes e críticos, mas pessoas alienadas que aceitem tudo que lhe é imposto. É claro que tudo isso reflete na escola, a falta de comprometimento com a educação, uma democracia fajuta, que na verdade concorda com os interesses de um sistema capitalista, a escola hoje atende a um mercado que visa obter lucro, e infelizmente não se esforça para realmente formar cidadãos conhecedores dos seus direitos.
4. OBJETIVOS:

    4.1 OBJETIVO GERAL:
Desenvolver no aluno o hábito e a importância da leitura, desenvolvendo nele o senso crítico onde terá capacidade pensar, oferecendo-lhe possibilidades de escolha, dando ferramentas possíveis, para que ele tenha mais acesso na busca de conhecimentos.
   4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO:
  • Desenvolver o hábito de leitura;
  • Estimular o professor a utilizar materiais mais adequados em sala de aula, para que o processo de leitura não seja apenas um ato mecânico;
  • Sugerir ao aluno o ato da reflexão;
  • Possibilitar aos alunos o conhecimento das modalidades de textos;
  • Desenvolver a habilidade de compreensão e interpretação;
5. METODOLOGIA: Através de reuniões com a equipe, traçaremos a melhor forma de elaborar um plano de ação, conseguir financiamento para os gastos com cartazes e livros que serão doados e sorteados no final das apresentações das atividades de leituras e redações, feitas com os alunos.  Estabelecer parceria para emissão de certificados de participação.
6. REVISÃO DE LITERATURA: Para elaborarmos este projeto, foi preciso um período de extensa pesquisa na área da leitura, através de pesquisas feitas na internet, em materiais didáticos observações em sala de aula, que encontramos base para nossa pesquisa sobre a falta de motivação para prática da leitura em sala de aula.
Embora estejamos no século da informação, é inegável a importância e a necessidade da leitura, podemos dizer que uma compreensão crítica do ato de ler leva à tradução dos significados das palavras e até ao desvendamento do que se oculta por trás delas, isso se baseia, nas relações entre o texto e o contexto”. (Zilberman, 1993)
Pois, “As afinidades entre escola e leitura se mostram a partir da circunstância de que é por intermédio da ação da primeira que o indivíduo se habilita à segunda” (ZILBERMAN, Regina, 1993). Ainda de acordo com Regina Zilberman, nem o estudante é atendido como deveria, nem o professor trabalha como gostaria, já que não consegue suplantar carências de variadas espécies. Então, chegamos a uma conclusão, que a escola não se preocupa em realmente formar alunos críticos como afirma, isso significa que a escola promove uma educação mascarada, ou seja, quando se fala em educação, é normal ouvirmos “queremos formar alunos críticos, cidadãos capazes de lutar pelos seus direitos”, mas constatamos que tudo isso não passa de palavras, na verdade não se estimula o aluno a ser crítico, pois como um aluno pode ter conhecimento do que se passa no mundo em que vive, se dentro da sala de aula ele não é estimulado a desenvolver o hábito da leitura, o que a escola propõe é um ato mecânico e cansativo que ao contrário, afasta o aluno de desenvolver o gosto pela leitura. Quando nos referimos a um ato mecânico, é claro que falamos daqueles métodos antigos de ensino: interpretação de textos com perguntas como “quais são os personagens da história? Complete as frases de acordo com o texto.”, e assim por diante, esse método chama-se decodificação e não interpretação de texto como é colocado. Enfim, a crise de leitura tem sido interpretada também como uma crise da escola, confirmando-se, pois, os elos entre a instituição ligada ao ensino e a prática da leitura.
Sob essa perspectiva, a escola é um elemento de transformação que não pode ser negligenciado, e este fator, relaciona-se especialmente com a leitura, considerando que, a conquista do ato de ler é o primeiro passo para a assimilação dos valores da sociedade. A escola pode ou não dar oportunidade para que sua tarefa se cumpra de modo global, transformando então o indivíduo habilitado à leitura em um leitor, destacando que a ação de ler caracteriza toda a relação racional entre o indivíduo e o mundo que o cerca.
Vejamos de acordo com Ingedore Villaça Koch e Vanda Maria Elias (2006), o que realmente é leitura:


Frequentemente ouvimos falar – e também falamos – sobre a importância da leitura na nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação de leitores competentes, com o que concordamos prontamente.
Mas, no bojo dessa discussão, destacam-se questões como: O que ler? Para que ler? Como ler? Evidentemente, as perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote.
Objetivos da leitura
É claro que não devemos nos esquecer de que a constante interação entre o conteúdo do texto e o leitor é regulada também pela intenção com que lemos o texto, pelos objetivos de modo geral, podemos dizer que há textos que lemos porque queremos nos manter informados (jornais, revistas); há outros textos que lemos para realizar trabalhos acadêmicos (dissertações, teses, livros, periódicos científicos); há, ainda, outros textos cuja leitura é realizada por prazer, puro deleite(poemas, contos, romances); e, nessa lista não podemos nos esquecer dos textos que lemos para consulta (dicionários, catálogos), dos que somos “obrigados” a ler de vez em quando (manuais, bulas), dos que nos caem em mãos (panfletos) ou nos são apresentados aos olhos (outdoors, cartazes, faixas).
São, pois, os objetivos do leitor que nortearão o modo de leitura, em mais tempo ou em menos tempo; com mais atenção ou com menos atenção; com maior interação ou com menor interação, enfim.
Leitura e ativação de conhecimento
É por essa razão que falamos de um sentido para o texto, não do sentido, e justificamos essa posição, visto que, na atividade de leitura, ativamos: lugar social, vivências. Relações com o outro, valores da comunidade, conhecimento textuais.
Pluralidade de leituras e sentidos
Considerar o leitor e seus conhecimentos e que esses conhecimentos são diferentes de um leitor para outro implica aceitar uma pluralidade de leituras e de sentidos em relação a um mesmo texto.
De um modo geral, a leitura é uma necessidade primordial na vida do ser humano, pois através dela podemos nos manter informados sobre todo e qualquer acontecimento. Além de desenvolver a nossa capacidade de reflexão, imaginação e criatividade. É através da leitura, que se pode conhecer diversas culturas e dar significados aos textos de acordo com seu conhecimento do mundo e pela pluralidade de sentidos que um texto pode ter.

7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES REALIZADAS PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO
                      
DATA
ATIVIDADES REALIZADAS
09/09/09
Pesquisa e Escolha do local para a elaboração do projeto.
10/09/09
Pesquisa de dados para embasar o projeto.
15/09/09
Reunião com a equipe para escolher o tema do projeto.
17/09/09
Conversa com a gestora e a coordenadora da instituição de ensino onde o projeto será desenvolvido.
22/09/09
Reunião com a equipe para elaboração do projeto
24/09/09
Reunião com a equipe para discussão sobre o assunto e elaboração da problemática.
27/09/09
Reunião com a equipe para elaborar a justificativa.
01/10/09
Reunião com a equipe para elaboração dos objetivos gerais e específicos.
06/10/09
Reunião com a equipe para elaborar a Revisão de literatura.
08/10/09
Reunião com a equipe para elabora o cronograma das tarefas realizadas.
13/10/09
Reunião com a equipe para planejar quando e a melhor forma de desenvolver o projeto.

08. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES REALIZADAS NA ESCOLA COM OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
DATA
ATIVIDADES PROPOSTAS
08/02/2010
Feira de livros, palestra sobre a importância da leitura e teatro com bonecos fantoche.
12/02/2010
Exposição de livros literários e palestra sobre como elaborar uma redação.
15/02/2010
Documentário sobre leitura e teatro com bonecos fantoche.
19/02/2010
Aula expositiva, com vídeos e cartazes sobre acontecimentos no mundo.
22/02/2010
Exposição de livros, contação de histórias e recitação de poesias.
26/02/2010
Concurso de redação e poesias e confecção de livros.
01/03/2010
Entrega de certificados de participação, premiação dos ganhadores do concurso, sorteios de livros para os participantes.

09. CRONOGRAMA DE MATERIAL GASTO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO

QUANTIDADE
MATERIAL
VALOR UNITÁRIO
VALOR TOTAL
03
Resmas papel A4
15,00
45,00
03
Caixas caneta Bic
15,00
45,00
03
Caixas de lápis
5,00
15,00
10
Folhas de papel madeira
1,00
10,00
02
Fitas adesivas
3,50
7,00
04
Tubos de Cola
1,00
4,00
06
Pinceis
2,00
12,00
10
cartolina
1,00
10,00
60
certificados
3,00
180,00
20
livros
20,00
400,00
80
Litros de gasolina para transporte do material e do pessoal envolvido no projeto
3,00
240,00
35
Marmita
6,00
210,00
236
12 itens
75,50
1.188,00

10. CUSTO DO PROJETO
R$ 1.188,00
11. BIBLIOGRAFIA:
KOCH, Ingedore Villaça e ELIAS, Vanda Maria. Ler e Compreender: os sentidos do texto. 2ª ed. – São Paulo. Contexto, 2006.
ZILBERMAN, Regina (org.). Leitura em Crise na Escola: as alternativas do professor. 11ª ed. Mercado Aberto. Porto Alegre, 1993.
MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. Ed, 19. São Paulo. Brasiliense, 1994. – (coleção primeiro passos; 74).
DCNs Diretrizes Curriculares Nacionais.
LDB Lei de Diretrizes e Bases.

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