ENTRE O MÉTODO MÃE CANGURU E A
REEDUCAÇÃO MATERNA
Adriana Alves de Lima[1]
RESUMO: Em meio a essa visão das mães
de recém-nascidos prematuros, e sem saber lidar com essa nova situação, que por
muitas vezes por falta de conhecimento acerca da saúde dos seus filhos é que se
faz necessário discutir essa reeducação na maternidade, na busca de desvendar o
significado de ser mãe de
recém-nascidos. Este estudo tem como objetivo principal conhecer o método
mãe-canguru e sua contribuição para a assistência de enfermagem ao recém
nascido pré-maturo. Em virtude da falta de conhecimento dessas mães, aumentam a
ansiedade e a preocupação em relação à prematuridade.Nosso trabalho parte do
pressuposto de estudar o que é o método mãe canguru e assim a viabilidade de uma
reeducação nessa visão distorcida dessas novas mamães.
PALAVRAS-CHAVE: Método mãe canguru, recém-nascido
1. INTRODUÇÃO
O método mãe canguru visa
atender um grande número de recém-nascidos prematuros e de baixo peso, as altas
taxas de mortalidade infantil, os altos custos hospitalares e as elevadas
porcentagens de seqüelas no crescimento e desenvolvimento desses bebês são
grandes preocupações da classe médica. Além de ser um atendimento caro,
constata-se que ao se colocar o bebê nascido prematuramente numa incubadora, é
grande a probabilidade de a mãe desvincular-se emocionalmente da criança
(MATTOS, 2004).
De acordo com o Ministério de Saúde (1999), o Baixo Peso ao Nascer (BPN),
é definido como peso abaixo de 2500
g , e a prematuridade são grandes responsáveis pela
mortalidade neonatal, representando 69% de todos os óbitos neonatais, e pelos
distúrbios funcionais entre os sobreviventes.
(MILTERSTEINER, 2003,
P.447) Destaca que o fato de interromper a amamentação leva à desnutrição da
criança quando esta deixa o hospital. Tanto a ausência de incubadoras,
principalmente nas regiões mais pobres do País, como a desnutrição e o abandono
sofridos pelos bebês prematuros influenciam diretamente os altos índices de
mortalidade infantil.
Buscando uma alternativa
segura de atendimento a esses bebês, proporcionando melhor qualidade de vida a
recém-nascidos prematuros ou de baixo peso e garantindo um atendimento mais
humanizado tanto para as crianças quanto para suas mães, médicos colombianos
criaram, em 1978, o método "Mãe-Canguru". A metodologia do Programa
"Mãe-Canguru" está baseada em princípios simples e que têm
demonstrado grande efetividade no atendimento (JAVORSKI, 1997):
2. Porque o Método Mãe-Canguru?
O nascimento de bebês
prematuros continua a ser um fato constatável. Todavia, é comum que a
sobrevivência dos mesmos seja mais previsível do que o era há uns anos atrás.
Chama-se prematuro a um bebê quando este nasce antes das 37 semanas, não
cumprindo por isso o tempo previsto e freqüente no interior da mãe. Assim, os bebês
prematuros são classificados consoantes o tempo de gestação e o peso que
apresentam logo à nascença. No leque dos chamados bebês prematuros há aqueles
que nascem antes ou posteriormente às 32 semanas, e aqui sim podemos falar em
diferenças notórias (SCOCHI, 2000).
Os bebês nascidos antes das 32 semanas apresentam, normalmente, um peso
demasiadamente inferior a um bebê a termo. O peso é um dos fatores de maior
importância para os cuidados pós-parto, e que distingue as necessidades destes
bebês relativamente aos outros (SCOCHI, 2000).
Aos bebês prematuros é
associada à falta de desenvolvimento geral dos intestinos e do sistema nervoso.
Logo, para um bebê prematuro é muito complicado mamar ou ingerir o leite porque
não tem capacidade para sugar o leite e ingeri-lo. Daí que seja necessário,
nestes casos, optar por uma sonda, utilizando o leite materno, ou por uma
alimentação parentérica, direcionada diretamente para a circulação. Só mais
tarde o bebê revela capacidades para mamar, mas até lá terão que ser estas as
duas opções encontradas (MEIO, 2004, P.313).
Exteriormente, o prematuro
parece não apresentar grandes problemas, mas a sua pele é bem mais fina e
sensível do que a de um bebê com as 37 semanas de gestação. Possuindo a pele
uma barreira importante de proteção, é normal que a do bebê prematuro não
consiga ser tão eficaz como a de um bebê nascido no prazo. As variações de
temperatura sentem-se com uma maior incidência e a pele tem tendência a
desidratar-se com maior facilidade. Por isso, e durante o banho, a água deve
estar morna e não deve ser esfregada. Após o banho convém aplicar-lhe um bom
creme hidratante, com muito óleo para aumentar as defesas da pele (MEIO, 2004,
P. 314).
Por conseguinte a essa
imaturidade orgânica e fisiológica os Recém-Nascidos (RN) prematuros permanecem
no hospital sob vigilância médica mais algum tempo do que um bebê que tenha
nascido no prazo estipulado. Assim, a higiene e a alimentação estão sob a
responsabilidade da equipe de enfermagem nos primeiros tempos (CARVALHO, 2001,
P.31).
A vacinação deve ser feita
normalmente, aplicada desde a data em que o bebê nasceu. Ainda que nasça antes
do tempo, não se justifica um atraso na sua vacinação (MEIO, 2004. P.314).
Os bebês prematuros podem
ser perfeitamente saudáveis não devendo os pais entrar de imediato em pânico. Exigem mais
cuidados e uma maior atenção por parte dos pais e de cuidados médicos, mas com
as novas tecnologias disponíveis nos hospitais o bebê será tão saudável como
qualquer outro nascido no tempo previsto (SERRA, 2004).
Diante do exposto e em
virtude da suscetibilidade desses recém nascidos prematuros em adquirir
complicações que poderiam resultar em maus prognósticos e levando em
consideração os custos hospitalares para a manutenção da saúde desses bebês, em
vários países foi adotado o Método Mãe-Canguru (MMC), que será discutido no
decorrer deste estudo bibliográfico, englobando o histórico, o conceito,
benefícios, aleitamento materno, tríade mãe-filho-família, assistência à saúde
e atuação de enfermagem.
Carvalho (2004, P. 806) afirma que diante das dificuldades de
acompanhamento e cuidados ao recém-nascido prematuro e a preocupação com a
separação precoce e prolongada de mãe-bebê e família, os procedimentos
dolorosos e/ou desconfortáveis, excessivo manuseio, ruído constante,
alimentação enteral, menor prevalência de aleitamento materno, maior exposição
a complicações que cursam com graves seqüelas, maior demanda de atenção
especial e de alto custo, suscitou várias linhas de pesquisa sobre as formas e
conseqüências de intervir neste ambiente.
Para o mesmo autor, várias
propostas de intervenção, centradas na presença e participação da mãe, surgiram
com resultados que chamam a atenção no que se refere ao desenvolvimento global
da criança, incluindo as interações sociais e desempenho escolar, a partir da
década de 80.
No Brasil, a partir do final da década de 90, esta preocupação
traduziu-se na "Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo Peso – Método
Canguru" (AHRNBP-MC) elaborada e implementada pelo Ministério da Saúde
(MS), através de norma, protocolos e de um amplo processo de capacitação nas
diferentes regiões do país (BRASIL, 1999).
A AHRNBP-MC se caracteriza principalmente pela mudança na forma do
cuidado neonatal baseada em quatro fundamentos básicos:
• acolhimento do
bebê e sua família;
• respeito às
singularidades (cuidado individualizado);
• promoção do
contato pele-a-pele o mais precoce possível;
• envolvimento
da mãe nos cuidados com o bebê.
2.2 Método
Mãe-Canguru no Brasil
De acordo com OLIVEIRA, (2006, P. 761) este ressalta que no
Brasil, os primeiros hospitais a trabalhar com a posição canguru, foram os
hospitais Guilherme Álvaro em Santos, São Paulo, em 1992, e no ano seguinte a
metodologia foi adotada pelo Instituto Materno e Infantil de Pernambuco (IMIP),
na cidade do Recife.
VENÂNCIO, (2004, P. 173) aborda que
O modelo adotado pelo IMIP foi reconhecido pela
Fundação Getúlio Vargas na premiação “Gestão Pública e Cidadania”, sendo também
premiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A
partir de então, vários hospitais brasileiros começaram a adotar o método
canguru, o que contribuiu para a sua definição como uma política pública.
FIGURA
I- Capa da Revista da Fundação de Amparo e Extensão Universitária da
Universidade Federal de Santa Catarina.
Em junho de 1999, após quase um ano de pesquisas e observações, a Área da
Saúde da Criança da Secretaria de Políticas de Saúde do Ministério da Saúde,
redigiu uma minuta para o atendimento humanizado ao RN de baixo-peso e
estabeleceu um grupo de trabalho com membros de várias entidades como: a
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), a Federação Brasileira de Ginecologia
e Obstetrícia (FEBRASGO), a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS), o Fundo
das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), além de representantes de
universidades brasileiras (UnB-Brasília e UFRJ - Rio de janeiro), hospitais
públicos e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
(OLIVEIRA, 2004. P. 762).
Foi dessa reunião que surgiu a
Norma de Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo-Peso (Método Mãe
Canguru). E foi oficialmente apresentada no dia 8 de dezembro de 1999 pelo
Ministro da Saúde (José Serra), em seminário realizado no Rio de Janeiro, sob o
patrocínio do BNDES.
Segundo Brasil, 2002, com a intenção de padronizar esse tipo de cuidado,
melhorando a eficiência e a eficácia do Método Canguru, a Área Técnica de Saúde
da Criança do Ministério da Saúde constituiu
Uma equipe
multiprofissional, formada por consultores com experiência profissional e
acadêmica nos diferentes aspectos que compõem o complexo universo da Terapia
Intensiva Neonatal, desde o atendimento em sala de parto até o seguimento dos
egressos.
O Brasil trabalha o método canguru com a assistência humanizada à
criança, à mãe e à família, respeitando as suas características e
individualidades. O profissional da saúde merece bastante atenção, a fim de
poder realizar suas atividades com segurança, respeito, qualidade e
tranqüilidade.
2.3 Benefícios
do Método Mãe-Canguru
Existem evidências de que um contato íntimo
da mãe com seu bebê prematuro podem interferir positivamente na relação desse
bebê com o mundo. A pele, maior órgão do corpo, recebe estímulos sensoriais de
várias magnitudes, e o contato pele a pele, que no Método Mãe Canguru (MMC)
implica o contato cutâneo corpo/tórax entre o bebê prematuro e sua mãe, pode
promover várias mudanças no organismo tanto de um como do outro (SILVA,
2003. P.55).
Em uma pesquisa envolvendo 488 mães de bebês
prematuros, SILVA apud TESSIER et al, 2003,
observaram que aquelas que realizaram o MMC se sentiram mais competentes e
apresentaram melhor percepção das competências do bebê. Além disso,
apresentaram menos sentimentos de estresse mesmo quando a estadia hospitalar
foi prolongada. Vantagens como melhor relação com o bebê, com a equipe, melhor
aceitação dos cuidados recebidos pelo bebê na UTI e maior segurança nos
cuidados foram sentimentos também relatados por pais que participam do Programa
Canguru.
De acordo com (SILVA, 2003. P.56):
A presença dos pais possibilita mais facilmente o contato
pele a pele, que, por sua vez, permite a estimulação tátil proprioceptiva e
protege contra a sobrecarga de estímulos aversivos, compreendendo um método
aceitável para estimular adequadamente o desenvolvimento neurocomportamental do
bebê. Bebês prematuros que realizaram contato pele a pele apresentam melhor
desenvolvimento mental e melhores índices em testes de motricidade, uma
diferença significantemente menor no tempo de duração do choro e no padrão de
consolabilidade e períodos de sono mais profundos.
Em um estudo realizado por ALMEIDA, et.
al, 2007, revelou que:
Também há uma melhora da oxigenação tecidual,
evidenciada pelo aumento da SapO2 após a realização do MMC. Isso pode ter
ocorrido em função do RN estar calmo e confortável em contato com a mãe, o que
provavelmente diminuiu o consumo de oxigênio. Esses resultados concordam com os
achados de Miltersteiner et al., 2001, de Tornhage et al.,1999 e Gazollo et
al., 2000, que obtiveram também o aumento da SapO2 e, com isso, a promoção de
melhora da oxigenação tecidual.
No Método Canguru, o contato
íntimo do bebê com o corpo materno ajuda a aumentar o amor entre mãe e filho,
diminui o tempo de internação do bebê, aumenta a competência e a confiança dos
pais no manuseio do seu filho de baixo-peso mesmo após a alta hospitalar, ajuda
o bebê a ganhar peso mais rápido, diminui as chances de o bebê pegar infecção
hospitalar, estimula o aleitamento materno favorecendo maior freqüência e
duração, melhor relacionamento da família com a equipe de saúde, sem contar que
o bebê receberá calor e isso o deixara mais calmo e tranqüilo (SILVA, 2003).
Em relação à temperatura corporal, os resultados do estudo de ALMEIDA et al., 2007 mostraram que:
Houve aumento
significativo da temperatura corporal dos Recém-Nascidos após a aplicação de 30
minutos do MMC; esses resultados estão de acordo com diversos autores, também
estudando a temperatura corporal durante aplicação do MMC, encontraram aumento
significativo e atribuíram ao método a melhora do controle térmico, tão
importante ao RNPT, devido a sua grande tendência à hipotermia, contribuindo,
dessa forma, para a homeostase do mesmo.
2.4 Aleitamento Materno e o Método Canguru
A
amamentação é comportamento social, mutável conforme as épocas, e sofreu
transformações ao longo da história. Culturalmente, o ato de amamentar, seja
consciente ou inconsciente, é herdado e pode ser influenciado pela família e
pelo meio social em que as pessoas vivem. Não amamentar os filhos era atitude
socialmente aceita até o início do século XVIII (ANDRADE, 2005. P.61).
Porém,
nem todas as mulheres vivenciam a amamentação como uma prática que lhes é
gratificante e, quando a amamentação é percebida por elas como um fardo, essa
proximidade que favoreceria a relação de apego pode ser comprometida. No
entanto, isso não significa ausência de amor materno. O ato de amamentar ou não
um filho não pode ser tomado como demonstração de amor materno A prática da
amamentação não é representada e nem percebida da mesma forma por todas as
mulheres (VENÂNCIO, 2004, P.174).
O estudo de (ALVES, 2007,
P.23) revelou baixos índices de desmame precoce quando comparados aos
percentuais observados em pesquisas realizadas no âmbito nacional. A maior
causa de desmame precoce na população estudada está relacionada aos fatores
sócio-culturais (com predomínio da utilização da mamadeira em 100% dos bebês
que desmamaram precocemente), seguidos dos econômicos, anátomo-fisiológicos e
psicoemocionais.
A amamentação pode ser
sentida por algumas nutrizes como uma prática que proporciona prazer e
gratificação, porém outras poderão senti-la como uma prática conflituosa que
evoca sensações desconfortáveis como medo, insegurança, dor, entre outros
sentimentos. Não raro, a mesma nutriz pode perceber a amamentação como sendo
agradável em alguns momentos e desconfortável em outros (VENÂNCIO, 2004.
P.175).
As mães de crianças nascidas pré-termo, que necessitam de
cuidados especiais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal e de Cuidado
Canguru, vivenciam situações particulares em relação ao aleitamento materno,
determinadas, de um lado, pela prematuridade e, de outro, pelos sentimentos de
culpa, sofrimento e fracasso frente à situação de fragilidade e risco a que o
filho está exposto (JAVORSKI, 2004, P.890).
O
aleitamento materno em situação de prematuridade é uma preocupação, pois, a mãe
vive com insegurança, ansiedade, constrangimento e dúvidas. Observa-se que é
comum essas mães desejarem, em princípio, aleitar seus filhos, entretanto elas
vivenciam a iminência do fracasso no aleitamento materno face às inúmeras
variáveis a que estão expostas, as quais colaboram para diminuir a produção e
ejeção do leite (JAVORSKI, 2004, P.891).
As
pesquisas apontam maior duração na continuidade do aleitamento materno e maior
satisfação e autoconfiança das mães em relação aos filhos prematuros, no método
canguru. As mães que vivenciavam o Aleitamento materno com poucas dificuldades
atribuíram o maior número de núcleos de sentido também para esse aspecto da
amamentação. Os núcleos de sentido expressados pelas mães que amamentavam
foram: uma boa mãe, uma maravilhosa mãe,
sentir-se mais mãe, mãe perfeita é ter muito leite para amamentar (ANDRADE, 2004. P.62).
2.5 Relação Binômio Mãe-Filho
O
Método Mãe Canguru é uma forma de atenção que incentiva e valoriza a presença e
a participação da mãe e da família na unidade neonatal. Tem um papel importante
para assegurar a saúde do bebê de baixo peso após a alta hospitalar, tanto pela
oportunidade de fortalecimento do vínculo afetivo que oferece, como pelas altas
taxas de amamentação que proporciona. (COLAMEO
& REA, 2006. P.607).
Para tanto, FURLAN et al (2003) em seu trabalho ressaltam
os subsídios necessários a puérpera para o aprimoramento do vínculo, a promoção
do aleitamento e a capacitação materna do cuidado com o filho, que incluem a
vinda diária à unidade de internação, o auxílio para o transporte coletivo às
mães que necessitarem, o oferecimento de refeições durante a permanência diurna
e de espaço para seu descanso, a realização de palestras e o livre acesso dos
pais à unidade neonatal.
Além disso, exige-se para
os bebês a estabilidade clínica, respiratória e circulatória e para a equipe de
saúde pede-se a orientação aos pais sobre o Método, a estimulação quanto à
manutenção do contato tátil com a criança, apoio e intervenção para a
manutenção da produção láctea e armazenamento do leite ordenhado (FURLAN et al, 2003).
Na
instituição de saúde pesquisada pelos autores acima citados, detectou-se uma
flexibilização no Método-canguru, confirmada pelo tempo de permanência materno
e de negociações entre o enfermeiro e a instituição, onde é acordado o horário
de início e término, a acomodação e as visitas dos outros familiares ao binômio
mãe e filho. Dessa forma a mãe permanece com o bebê o tempo que for possível e
prazeroso, não interferindo de forma drástica em suas atividades domiciliares
(FURLAN et al, 2003).
Entretanto, o mesmo estudo observou
que mesmo havendo a possibilidade do retorno ao lar, a ausência materna do
domicílio altera a dinâmica familiar, tanto no desempenho de papéis sociais
como nas relações afetivas. O filho internado pode gerar desorganização
familiar, porque a mãe deixa suas atividades domésticas para permanecer com
ele, o que interfere no cuidado dos outros membros familiares (FURLAN et al, 2003).
Essa mudança na rotina familiar está
intimamente ligada com os conflitos de sentimentos vivenciados pela mãe, tais
como sentimento de culpa associado ao fato de não ter conseguido manter a
gestação até o final, as condições clínicas do bebê não permitem que ela
desempenhe os cuidados de maternagem, passando a pensar que os profissionais,
que cuidam de seu filho, exercem mais o papel materno do que ela própria.
Quando o bebê evolui e permite idealizar, sonhar, ser tocado, aos poucos, ela
vai se sentindo segura e incorporando seu papel materno.
À
medida que os pais se sentem livres para permanecer o tempo que lhes é possível
com o recém nascido assistido em unidades neonatais, eles ficam mais tranqüilos
para cuidar, melhorando a qualidade do relacionamento mãe-filho-família.
A
singularidade do processo vivenciado pelas famílias de bebês de risco,
envolvendo os aspectos psicoemocionais e socioeconômicos, visto que com longo
período de internação do filho na unidade neonatal, há uma repercussão no
orçamento familiar, evidenciado pela dificuldade com o transporte para ir e vir
diariamente, e ainda há um desgaste na vida social e no lazer dos membros dessa
família. A família coesa apóia o casal durante a crise do nascimento prematuro,
evitando que as esperanças se reduzam e que as dificuldades aumentem (ANDRADE,
2005. P.62).
2.6
Assistência Multiprofissional no Método Canguru
A
Assistência a Saúde prestada a díade mãe-filho no método mãe-canguru deve ser
multiprofissional, humanizada e inteiramente treinada.
Segundo
GIANINI et al (2005. P.48), para os
cursos de capacitação dos profissionais de saúde foi elaborado e publicado um
manual técnico:
Que apresenta e discute a norma, além de trazer uma
ampla fundamentação teórica acerca das especificidades e necessidades especiais
do recém-nascido de baixo peso (RNBP), de sua família e de toda a equipe
responsável pelo atendimento. O processo de capacitação ofereceu aos
profissionais a possibilidade de reflexão acerca de sua prática diária e de
construção de uma prática assistencial pautada no cuidado. A partir desta
ótica, a humanização proposta abrange atenção individualizada ao bebê e sua
família, adequação do ambiente, cuidados com o cuidador. Técnicas de manuseio,
vigilância quanto aos sinais de risco, estimulação sensorial positiva através do
contato pele a pele e o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento
dessas crianças são abordadas nesse curso.
TABELA I - A equipe multiprofissional deve
ser composta por:
MÉDICOS
|
ATIVIDADES
|
neonatologistas
|
(cobertura de 24 horas)
|
obstetras
|
(cobertura de 24 horas)
|
pediatras com treinamento em
seguimento do RN de risco.
|
|
oftalmologista
|
|
OUTROS PROFISSIONAIS
|
|
Enfermeiras
|
(cobertura de 24 horas)
|
Auxiliares de enfermagem
|
(na 2ª etapa uma auxiliar
para cada 6 binômios com cobertura de 24 horas)
|
Psicólogos
|
|
Fisioterapeutas
|
|
Terapeutas ocupacionais
|
|
Assistentes sociais
|
|
Fonoaudiólogos
|
|
|
|
|
|
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de atenção humanizada do recém-nascido
de baixo-peso: Método Mãe-Canguru. Brasília: 1999.
TABELA II - As atribuições da equipe de saúde englobam:
Orientar a mãe e a família em todas as etapas do método.
|
Oferecer suporte emocional e estimular os pais em todos
os momentos.
|
Encorajar o aleitamento materno.
|
Desenvolver ações educativas abordando conceitos de
higiene, controle de saúde e nutrição
|
Desenvolver atividades recreativas para as mães durante
o período de permanência hospitalar.
|
Participar de treinamento em serviço como condição
básica para garantir a qualidade da atenção.
|
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de atenção humanizada do recém-nascido
de baixo-peso: Método Mãe-Canguru. Brasília: 1999.
Além
disso, é necessário que a equipe esteja preparada para dar apoio psicoafetivo
aos pais, pois durante o percurso da internação do recém nascido os pais têm
diversas dúvidas e anseios que precisam ser superados para que após a alta
hospitalar o cuidado domiciliar seja o mais adequado possível e não forneça
riscos para o bebê.
FURLAN
et al., (200. P.445) afirma que uma
das contribuições do Cuidado Canguru é a de aumentar a confiança dos pais,
principalmente das mães, para o cuidado com o bebê, pois se sentem mais
tranqüilos, apresentando sentimentos mais positivos relativos ao filho e à
preparação para a alta. É interessante notar também que alguns pais sentiram
diferença no aprendizado das mães relacionado ao cuidado com o bebê,
enfatizando as novas habilidades da esposa.
Em um estudo realizado por
COLAMEO E REA, (2006. P.608) sobre uma investigação acerca do processo de
implantação do Método Mãe Canguru nos hospitais de São Paulo, apontou que a
resistência dos profissionais às mudanças de rotinas, mesmo reconhecendo que o
Método Mãe Canguru trazia melhorias para a assistência ao RNBP, foi o obstáculo
encontrado em todos os hospitais, e apenas duas instituições ofereciam alguma
forma de apoio psicológico para a equipe. Esses achados são diferentes dos
resultados de LIMA et al. (2000, P.22), que encontraram total aceitabilidade do
Método Mãe Canguru pelos profissionais entrevistados no IMIP, um hospital
escola terciário situado em Recife.
Ainda sobre a implantação
do serviço, segundo CECCHETTO, (2002, P.22), o foco de conflito da implantação
dos programas de humanização perinatal, em hospitais com alta tecnologia, tem
sido a luta entre um modelo médico de assistência, centralizador e
paternalista, e a corrente humanista que acredita que o indivíduo doente, ou
seus representantes tem direito à informação e à participação na tomada das
decisões durante o processo assistencial. NOGUEIRA-MARTINS (2001, P.12) em seus
estudos sobre a humanização das relações assistenciais, refere que esse caminho
é árduo, que as resistências não são pequenas e costumam ser crescente no
decorrer do processo.
TABELA III - DÚVIDAS FREQÜENTES DAS MÃES E DA FAMÍLIA EM RELAÇÃO AO MÉTODO
CANGURU.
Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Normas de atenção humanizada do recém-nascido
de baixo-peso: Método Mãe-Canguru. Brasília: 1999.
2.7 O método Mãe
Canguru e a assistência domiciliar
Um
estudo realizado por ARAÚJO et al., (2010, P.301) revelou que quando
investigada a prática domiciliar das mães, os dados obtidos revelaram que: 93,3%
das mães sabem colocar o bebê na posição canguru de forma adequada; 86,7%
amamentam corretamente; 86,7% dos bebês, enquanto na posição canguru,
utilizavam um vestuário apropriado, ou seja, vestiam apenas fralda; e 86,7% das
mães não faziam uso de qualquer tipo de adereços nas duas visitas realizadas.
De acordo com OLIVEIRA, (2010/S.P)
[1], a
garantia de uma extensão deste cuidado, iniciado nas unidades neonatais, com a
alta para casa, é mediada por ações educativas desenvolvidas pela equipe de
enfermagem dentro e fora do ambiente hospitalar.
Segundo LOPES[2],
neste processo educativo, a mãe/família é ensinada a cuidar do filho em todas
as etapas do método, inicialmente, em um processo de adaptação e preparação,
posteriormente, em uma etapa para execução dos ensinamentos, apoiada pela
equipe, e por fim, longe da equipe, tornando-se autônoma do processo, com o
suporte da equipe.
4.8 O Papel da
Enfermagem
A
enfermagem por ser cuidadosa direta da díade mãe-filho, deve se responsabilizar
por oferecer todas as informações referentes ao Método Mãe-Canguru, com a
finalidade esclarecer as dúvidas dos pais e familiares incentivando a adesão a
esse tipo de terapia.
A
integração entre enfermeiras e pais pode minimizar a ausência de uma pessoa de
referência para o casal e criar laços de confiança para a cooperação mútua
entre as partes e por ocasião da alta hospitalar, prevenir danos à saúde do
bebê e possibilitar acompanhamento de seu desenvolvimento e de possíveis
seqüelas, gerando tranqüilidade em toda a equipe neonatal
(FURLAN et al., 2003, P.455).
A
enfermeira acompanha os pais na primeira visita, procurando apoiá-los e
informando-os sobre os equipamentos que cercam o recém-nascido, incentivando o
contato pele-a-pele, toque e fala, ficando ao seu lado durante a visita. Essas
visitas possibilitavam à enfermeira o acompanhamento da interação família-bebê,
dá as orientações sobre o estado do bebê e como o encontrarão (presença de
equipamentos) e orienta como manter relacionamento mais próximo da criança
durante a hospitalização (FONSECA et al.,
2003. P.539).
3. CONSIDERAÇÕES
FINAIS
Considerando o objetivo desse trabalho de revisão
bibliográfica sobre o Método Mãe Canguru (MMC), podemos constatar que a
enfermagem possui um papel importante nos cuidados relacionados aos bebês
prematuros, porém, observamos que o contato mãe-filho supera as condutas e
intervenções da saúde com base na tecnologia. Não querendo desmerecer os
avanços tecnológicos na área da saúde, até porque eles são de grande
relevância, mas no caso relacionado ao MMC faz com que se perceba o quanto é
importante para o bebê prematuro, para a família e também para a equipe
multiprofissional de saúde, o ato de “acolhimento” entre mãe e filho.
É gratificante saber que o método mencionado, foi
desenvolvido por profissionais de um país vizinho, com características
semelhantes a do Brasil, que na tentativa de melhorar a qualidade de vida dos
recém-nascidos prematuros e buscar de um atendimento mais humanizado, criaram
um método capaz de promover um contato mais íntimo e prolongado entre mãe e
filho.
Dessa forma percebeu-se que o contato pele a pele,
favorecido pelo aleitamento materno, promove melhores condições de saúde ao
bebê prematuro, ajudando na sua recuperação e diminuindo no tempo de internação
hospitalar.
A enfermagem, em suas ações de saúde, assume um
papel de destaque no que diz respeito às ações referente ao bebê e a mãe, visto
que ajuda no processo de acolhimento entre mãe-filho, oferece as informações
necessárias, orienta como proceder nos cuidados com o recém-nascido.
Destacamos que a atenção à saúde está voltada em
sensibilizar a mãe na adesão desse método, na perspectiva da humanização e
integralidade da assistência, percebendo e compreendendo a mãe como parte
fundamental na atenção a saúde do recém-nascido.
Apesar de no Brasil já se ter criado a Norma de
Atenção Humanizada ao Recém-Nascido de Baixo-Peso (Método Mãe Canguru), ainda
necessita-se de mais políticas públicas no que se refere à capacitação dos
profissionais de saúde perante tal método, e também difusão e implementação
deste método nos hospitais da rede do Sistema Único de Saúde.
REFERÊNCIAS
ANDRADE ISN, GUEDES
ZCF. Sucção do recém-nascido prematuro: comparação do método Mãe-Canguru com os
cuidados tradicionais. Rev. Bras. Saúde
Materno Infantil, Recife, 5 (1): 61-69, jan. / mar., 2005.
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