ANEXO 01. HISTÓRIA DO VOTO EM NOSSA PÁTRIA
10/08/2010 - 16h45
Conheça a
história do voto no Brasil
A história do voto no Brasil
começou 32 anos após Cabral ter desembarcado no País. Foi no dia 23 de janeiro
de 1532 que os moradores da primeira vila fundada na colônia portuguesa - São
Vicente, em São Paulo - foram às urnas para eleger o Conselho Municipal.
A votação foi indireta: o povo elegeu seis representantes,
que, em seguida, escolheu os oficiais do conselho. Era proibida a presença de
autoridades do Reino nos locais de votação, para evitar que os eleitores fossem
intimidados. As eleições eram orientadas por uma legislação de Portugal - o
Livro das Ordenações, elaborado em 1603.
Somente em 1821 as pessoas deixaram de votar apenas em âmbito
municipal. Na falta de uma lei eleitoral nacional, foram observados os
dispositivos da Constituição Espanhola para eleger 72 representantes junto à
corte portuguesa. Os eleitores eram os homens livres e, diferentemente de
outras épocas da história do Brasil, os analfabetos também podiam votar. Os
partidos políticos não existiam e o voto não era secreto.
Fraudes eleitorais
Com a independência do Brasil de Portugal, foi elaborada a
primeira legislação eleitoral brasileira, por ordem de Dom Pedro 1º. Essa lei
seria utilizada na eleição da Assembleia Geral Constituinte de 1824.
Os períodos colonial e imperial foram marcados pelo chamado
voto censitário e por episódios frequentes de fraudes eleitorais. Havia, por
exemplo, o voto por procuração, no qual o eleitor transferia seu direito de
voto para outra pessoa. Também não existia título de eleitor e as pessoas eram
identificadas pelos integrantes da mesa apuradora e por testemunhas. Assim, as
votações contabilizavam nomes de pessoas mortas, crianças e moradores de outros
municípios. Somente em 1842 foi proibido o voto por procuração.
Em 1855, o voto distrital também foi vetado, mas essa lei
acabou revogada diante da reação negativa da classe política. Outra lei
estabeleceu que as autoridades deveriam deixar seus cargos seis meses antes do
pleito e que deveriam ser eleitos três deputados por distrito eleitoral.
Título sem foto
Em mais uma medida moralizadora, o título de eleitor foi instituído
em 1881, por meio da chamada Lei Saraiva. Mas o novo documento não adiantou
muito: os casos de fraude continuaram a acontecer porque o título não possuía a
foto do eleitor.
A desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
Ana Maria Amarante afirma que, mesmo com esses problemas, é interessante
perceber que já naquela época havia consciência da importância do voto.
"As leis já refletiam a preocupação de que realmente se apurasse a vontade
daqueles poucos que integravam o universo dos eleitores. Mas, sem dúvida
alguma, era um processo eleitoral direcionado, que não revelava um nível sequer
razoável de exercício de democracia", afirma.
Depois da Proclamação da República, em 1889, o voto ainda não
era direito de todos. Menores de 21 anos, mulheres, analfabetos, mendigos,
soldados rasos, indígenas e integrantes do clero estavam impedidos de
votar.
Dois governadores eleitos
O voto direto para presidente e vice-presidente apareceu pela
primeira vez na Constituição Republicana de 1891. Prudente de Morais foi o
primeiro a ser eleito dessa forma. Foi após esse período que se instalou a
chamada política do café-com-leite, em que o governo era ocupado alternadamente
por representantes de São Paulo e Minas Gerais.
O período da República Velha, que vai do final do Império até
a Revolução de 1930, foi marcado por eleições ilegítimas. As fraudes e o voto
de cabresto eram muito comuns, com os detentores do poder econômico e político
manipulando os resultados das urnas. Em uma eleição desse período, ocorrida no
Rio de Janeiro, tantos eleitores votaram duas vezes que foi preciso empossar
dois governadores e duas Assembléias Legislativas.
Para o cientista político Jairo Nicolau, autor de um livro
sobre a história do voto, a República representou um retrocesso em relação ao
Império, em razão da prática do voto de cabresto. "As eleições deixaram de
ter relevância para a população, eram simplesmente uma forma de legitimar as
elites políticas estaduais. Elas passaram a ser fraudadas descaradamente, de
uma maneira muito mais intensa do que no Império. Dessa época vêm as famosas
eleições a bico de pena: um dia antes da eleição, o presidente da Mesa
preenchia a ata dizendo quantas pessoas a tinham assinado, fraudando a
assinatura das pessoas que compareciam", narra.
Da Reportagem
Edição - Patricia
Roedel
Disponível em:
http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/93439-CONHECA-A-HISTORIA-DO-VOTO-NO-BRASIL.html.
Acesso em: 18 de Fevereiro de 2019.
ANEXO
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Disponível em: http://www.tse.jus.br/hotsites/campanhas-publicitarias/arquivos-tse/campanha-voto-consciente-2018/tse_post_instagram.png.
Acesso em: 22 mar.2020.
Ao ler os dois textos, depreendemos que cada um tem um propósito comunicativo diferente, ou seja, cada um tem uma função diferente dentro do processo de comunicação.
ATIVIDADE
01. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
QUESTÃO 01. Identifique
a frase em que a função da linguagem predominante é a função referencial.
a) Siga o meu
exemplo. Você se sentirá melhor!
b) Estou muito animada com o meu novo emprego.
c) Existem três acentos gráficos
na língua portuguesa.
d) Sim... Sei… Estou ouvindo, claro.
QUESTÃO 02. Qual a função da linguagem presente
na frase: “Ligue agora! Não perca esta oportunidade!”
a) Função
expressiva
b) Função apelativa
c) Função metalinguística
d) Função fática
QUESTÃO 03. Com qual elemento da comunicação está
relacionada a função metalinguística da linguagem?
a) Código
b) Canal
c) Mensagem
d) Receptor
QUESTÃO 04. Indique quais as funções da linguagem
presentes nas seguintes frases.
a) Alô? Alô? - Fática
b) 1995 foi um ano muito difícil para mim. - Emotiva
c) Que ódio! Que raiva! - Emotiva
d) Claro! Não é mesmo? - Fática
QUESTÃO 05. Assinale as opções nas quais é usada,
habitualmente, a função apelativa ou conativa da linguagem?
a) Discursos políticos
b) Horóscopos
c) Propagandas
d) Dicionários
QUESTÃO 06. Selecione
as opções que indicam os elementos da comunicação.
a) Receptor
b)
Contexto
c) Trasmissão
d)
Código
e)
Emissor
f) Intenção
g)
Mensagem
h) Canal
QUESTÃO 07. Em qual função da linguagem a ênfase
é dada ao contexto comunicativo, tendo como principal objetivo informar o
receptor da mensagem sobre um assunto específico?
a) Função
apelativa ou conativa
b) Função metalinguística
c) Função fática
d) Função referencial ou
denotativa
QUESTÃO 08. Assinale as duas opções que
indicam caraterísticas da função emotiva ou expressiva.
a) É pessoal, sendo utilizada a
1.ª pessoa do discurso.
b) Predomina o uso de verbos no imperativo.
c) Há a presença de
interjeições que enfatizam o discurso.
d) Transmite uma informação de forma clara, objetiva e direta.
QUESTÃO 09. Em qual função da linguagem a ênfase
é dada ao código comunicativo, tendo como principal objetivo o uso de um código
que possibilite explicar o próprio código.
a) Função fática
b) Função metalinguística
c) Função referencial ou denotativa
d) Função apelativa ou conativa
QUESTÃO 10. Qual das seguintes opções não se
refere a uma característica da função poética?
a) Privilegia a
melodia e sonoridade das palavras.
b) Utiliza uma linguagem elaborada e cuidada.
c) Utiliza uma linguagem
denotativa.
d) Procura criar uma comunicação bela e inovadora.
ATIVIDADE
02. FUNÇÕES DA LINGUAGEM
QUESTÃO 01. (UEMG-2006) Assinale a alternativa em que
o(s) termo(s) em negrito do fragmento citado NÃO contém (êm) traço(s) da função
emotiva da linguagem.
a) Os poemas (infelizmente!)
não estão nos rótulos de embalagens nem junto aos frascos de remédio.
b) A leitura ganha contornos de “cobaia de laboratório”
quando sai de sua significação e cai no ambiente artificial e na situação
inventada.
c) Outras
leituras significativas são o rótulo de
um produto que se vai comprar, os preços do bem de consumo, o tíquete do
cinema, as placas do ponto de ônibus (...)
d) Ler e escrever são condutas da vida em sociedade. Não são ratinhos mortos (...) prontinhos para ser desmontados e
montados, picadinhos (...)
QUESTÃO 02. (UFV-2005) Leia as passagens abaixo,
extraídas de São Bernardo, de Graciliano Ramos:
I.
Resolvi estabelecer-me aqui na minha terra, município
de Viçosa, Alagoas, e logo planeei adquirir a propriedade S. Bernardo, onde
trabalhei, no eito, com salário de cinco tostões.
II.
Uma semana
depois, à tardinha, eu, que ali estava aboletado desde meio-dia, tomava café e
conversava, bastante satisfeito.
III.
João Nogueira queria o romance em língua de Camões, com
períodos formados de trás para diante.
IV.
Já viram como perdemos tempo em padecimentos inúteis?
Não era melhor que fôssemos como os bois? Bois com inteligência. Haverá
estupidez maior que atormentar-se um vivente por gosto? Será? Não será? Para
que isso? Procurar dissabores! Será? Não será?
V.
Foi assim que sempre se fez. [respondeu Azevedo Gondim]
A literatura é a literatura, seu Paulo. A gente discute, briga, trata de
negócios naturalmente, mas arranjar palavras com tinta é outra coisa. Se eu
fosse escrever como falo, ninguém me lia.
Assinale a alternativa em que ambas as passagens demonstram o
exercício de metalinguagem em São Bernardo:
a) III e V.
b) I e II.
c) I e IV.
d) III e IV.
e) II e V.
QUESTÃO 03. (PUC/SP-2001)
A Questão é Começar
Coçar e comer é só começar.
Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre
conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o
“bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa.
Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol. No escrever também
poderia ser assim, e deveria haver para a escrita algo como conversa vadia, com
que se divaga até encontrar assunto para um discurso encadeado. Mas, à
diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamentável forma
mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. Escrevia-se o que
antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para pensar, uma outra
forma de conversar.
Assim fomos “alfabetizados”, em
obediência a certos rituais. Fomos induzidos a, desde o início, escrever bonito
e certo. Era preciso ter um começo, um desenvolvimento e um fim
predeterminados. Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto.
Tentaremos agora (quem? eu e você, leitor) conversando entender como
necessitamos nos reeducar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas
transcrição do que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas
inauguração do próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve
antes, o leitor lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem
pensar em você por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando
sozinho.”
Pois é; escrever é isso aí:
iniciar uma conversa com interlocutores invisíveis, imprevisíveis, virtuais
apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas sempre ativamente presentes.
Depois é espichar conversas e novos interlocutores surgem, entram na roda,
puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde.
(MARQUES, M.O. Escrever é
Preciso, Ijuí, Ed. UNIJUÍ, 1997, p. 13).
Observe a seguinte afirmação
feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa
tarde” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo,
fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem
cuja meta é “quebrar o gelo”. Indique a alternativa que explicita essa função.
a) Função emotiva
b) Função referencial
c) Função
fática
d) Função conativa
e) Função poética
QUESTÃO 04. (Enem-2007)
O canto do guerreiro
Aqui na
floresta
Dos ventos batida, Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
Dos ventos batida, Façanhas de bravos
Não geram escravos,
Que estimem a vida
Sem guerra e lidar.
— Ouvi-me, Guerreiros,
— Ouvi meu cantar.
Valente na guerra,
Quem há, como eu sou?
Quem vibra o tacape
Com mais valentia?
Quem golpes daria
Fatais, como eu dou?
— Guerreiros, ouvi-me;
— Quem há, como eu sou?
(Gonçalves
Dias.)
Macunaíma (Epílogo)
Acabou-se a história e morreu a
vitória.
Não havia mais ninguém lá. Dera tangolomângolo na
tribo Tapanhumas e os filhos dela se acabaram de um em um. Não havia mais
ninguém lá. Aqueles lugares, aqueles campos, furos puxadouros arrastadouros
meios-barrancos, aqueles matos misteriosos, tudo era solidão do deserto... Um
silêncio imenso dormia à beira do rio Uraricoera. Nenhum conhecido sobre a
terra não sabia nem falar da tribo nem contar aqueles casos tão pançudos. Quem
podia saber do Herói?
(Mário de Andrade.)
Considerando-se a linguagem
desses dois textos, verifica-se que
a) a função da linguagem centrada no receptor está
ausente tanto no primeiro quanto no segundo texto.
b) a linguagem utilizada no primeiro texto é
coloquial, enquanto, no segundo, predomina a linguagem formal.
c) há, em
cada um dos textos, a utilização de pelo menos uma palavra de origem indígena.
d) a função da linguagem, no primeiro texto,
centra-se na forma de organização da linguagem e, no segundo, no relato de
informações reais.
e) a função da linguagem centrada na primeira
pessoa, predominante no segundo texto, está ausente no primeiro.
QUESTÃO 05. (Enem-2012)
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá pra
fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem como
disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa
da sala que esqueci ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na
secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para pagar que venceram ontem.
Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, J. E. Veja, 11 set.
2002 (fragmento).
Nos textos em geral, é comum a
manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o predomínio,
entretanto, de uma sobre as outras. No fragmento da crônica Desabafo,
a função da linguagem predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio
código.
b) a atitude
do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
c) o interlocutor é o foco do enunciador na
construção da mensagem.
d) o referente é o elemento que se sobressai em
detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a
manutenção da comunicação.
QUESTÃO 06. (Ibmec-2006)
Me devolva o Neruda (que você nem leu)
Quando o Chico Buarque escreveu o
verso acima, ainda não tinha o “que você nem leu”. A palavra Neruda - prêmio
Nobel, chileno, de esquerda - era proibida no Brasil. Na sala da Censura
Federal o nosso poeta negociou a proibição. E a música foi liberada quando ele
acrescentou o “que você nem leu”, pois ficava parecendo que ninguém dava bola
para o Neruda no Brasil. Como eram burros os censores da ditadura militar! E
coloca burro nisso!!! Mas a frase me veio à cabeça agora, porque eu gosto
demais dela. Imagine a cena. No meio de uma separação, um dos cônjuges (me
desculpe a palavra) me solta esta: me devolva o Neruda que você nem leu! Pense
nisso.
Pois eu pensei exatamente nisso
quando comecei a escrever esta crônica, que não tem nada a ver com o Chico, nem
com o Neruda e, muito menos, com os militares.
É que eu estou aqui para dizer um tchau. Um tchau
breve porque, se me aceitarem - você e o diretor da revista -, eu volto daqui a
dois anos. Vou até ali escrever uma novela na Globo (o patrão vai continuar o
mesmo) e depois eu volto.
Esperando que você já tenha lido
o Neruda.
Mas aí você vai dizer assim: pó,
escrever duas crônicas por mês, fora a novela, o cara não consegue? O que é uma
crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com
esse papo de Neruda?
Preguiçoso, no mínimo.
Quando faço umas palestras por
aí, sempre me perguntam o que é necessário para se tornar um escritor. E eu
sempre respondo: talento e sorte. Entre os 10 e 20 anos, recebia na minha casa
O Cruzeiro, Manchete e o jornal Última Hora. E lá dentro eu lia (me invejem):
Paulo Mendes Campos, Rubem Braga, Fernando Sabino, Millôr Fernandes, Nelson
Rodrigues, Stanislaw Ponte Preta, Carlos Heitor Cony. E pensava,
adolescentemente: quando eu crescer, vou ser cronista.
Bem ou mal, consegui meu espaço.
E agora, ao pedir de volta o livro chileno, fico pensando em como eu me
sentiria se, um dia, um desses aí acima escrevesse que iria dar um tempo. Eu
matava o cara! Isso não se faz com o leitor (desculpe, minha amiga, não estou
me colocando no mesmo nível deles, não!)
E deixo aqui uns versinhos do
Neruda para as minhas leitoras de 30 e 40 anos (e para todas):
Escuchas
otras voces en mi voz dolorida
Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas,
Amame, compañera. No me abandones. Sigueme,
Sigueme, compañera, en esa ola de angústia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas
Voy haciendo de todas un collar infinito
Para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Llanto de viejas bocas, sangre de viejas súplicas,
Amame, compañera. No me abandones. Sigueme,
Sigueme, compañera, en esa ola de angústia.
Pero se van tiñendo con tu amor mis palabras
Todo lo ocupas tú, todo lo ocupas
Voy haciendo de todas un collar infinito
Para tus blancas manos, suaves como las uvas.
Desculpe o mau jeito: tchau!
(Prata, Mario. Revista Época. São Paulo. Editora Globo, Nº - 324, 02 de
agosto de 2004, p. 99)
Relacione os fragmentos abaixo às funções da
linguagem predominantes e assinale a alternativa correta.
I -
“Imagine a cena”.
II - “Sou um homem de sorte”.
III - “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?”.
II - “Sou um homem de sorte”.
III - “O que é uma crônica? Uma página e meia. Portanto, três páginas por mês e o cara me vem com esse papo de Neruda?”.
a)
Emotiva, poética e metalingüística, respectivamente.
b) Fática, emotiva e metalingüística, respectivamente.
c) Metalingüística, fática e apelativa, respectivamente.
d) Apelativa, emotiva e metalingüística, respectivamente.
e) Poética, fática e apelativa, respectivamente.
b) Fática, emotiva e metalingüística, respectivamente.
c) Metalingüística, fática e apelativa, respectivamente.
d) Apelativa, emotiva e metalingüística, respectivamente.
e) Poética, fática e apelativa, respectivamente.
QUESTÃO
07. (Fuvest-2004)
Disponível em: http://exerciciosesolucoes.blogspot.com/2017/04/fuvest-observe-abaixo-esta-gravura-de.html
Observe, ao lado, esta gravura de
Escher: Na linguagem verbal, exemplos de aproveitamento de recursos
equivalentes aos da gravura de Escher encontram-se, com frequência,
a) nos jornais, quando o repórter registra uma
ocorrência que lhe parece extremamente intrigante.
b) nos textos publicitários, quando se comparam
dois produtos que têm a mesma utilidade.
c) na prosa científica, quando o autor descreve com
isenção e distanciamento a experiência de que trata.
d) na
literatura, quando o escritor se vale das palavras para expor procedimentos
construtivos do discurso.
e) nos manuais de instrução, quando se organiza com
clareza uma determinada sequência de operações.
QUESTÃO 08. (Unifesp-2002)
Texto I:
Perante a
Morte empalidece e treme,
Treme perante a Morte, empalidece.
Coroa-te de lágrimas, esquece
O Mal cruel que nos abismos geme.
Treme perante a Morte, empalidece.
Coroa-te de lágrimas, esquece
O Mal cruel que nos abismos geme.
(Cruz e
Souza, Perante a morte)
Texto II:
Tu
choraste em presença da morte?
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
Na presença de estranhos choraste?
Não descende o cobarde do forte;
Pois choraste, meu filho não és!
(Gonçalves
Dias, I Juca Pirama)
Texto III:
Corrente,
que do peito destilada,
Sois por dous belos olhos despedida;
E por carmim correndo dividida,
Deixais o ser, levais a cor mudada.
Sois por dous belos olhos despedida;
E por carmim correndo dividida,
Deixais o ser, levais a cor mudada.
(Gregório
de Matos, Aos mesmos sentimentos)
Texto IV:
Chora,
irmão pequeno, chora,
Porque chegou o momento da dor.
A própria dor é uma felicidade...
Porque chegou o momento da dor.
A própria dor é uma felicidade...
(Mário de
Andrade, Rito do irmão pequeno)
Texto V:
Meu Deus!
Meu Deus! Mas que bandeira
é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio! ... Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
é esta,
Que impudente na gávea tripudia?!...
Silêncio! ... Musa! Chora, chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto...
(Castro
Alves, O navio negreiro)
Dois dos cinco textos transcritos
expressam sentimentos de incontida revolta diante de situações inaceitáveis.
Esse transbordamento sentimental se faz por meio de frases e recursos
linguísticos que dão ênfase à função emotiva e à função conativa da linguagem.
Esses dois textos são:
a) I e IV.
b) II e III.
c) II e V.
d) III e V.
e) IV e V.
QUESTÃO 09. (Enem-2014)
O
telefone tocou.
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?
— Alô? Quem fala?
— Como? Com quem deseja falar?
— Quero falar com o sr. Samuel Cardoso.
— É ele mesmo. Quem fala, por obséquio?
— Não se lembra mais da minha voz, seu Samuel?
Faça um esforço.
— Lamento muito, minha senhora, mas não me lembro. Pode dizer-me de quem se trata?
(ANDRADE, C. D. Contos de aprendiz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1958)
Pela
insistência em manter o contato entre o emissor e o receptor, predomina no
texto a função
a) metalinguística.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.
b) fática.
c) referencial.
d) emotiva.
e) conativa.
QUESTÃO 10. (Enem-2014)
Há o hipotrélico. O termo é novo,
de impensada origem e ainda sem definição que lhe apanhe em todas as pétalas o
significado. Sabe-se, só, que vem do bom português. Para a prática, tome-se
hipotrélico querendo dizer: antipodático, sengraçante imprizido; ou talvez,
vicedito: indivíduo pedante, importuno agudo, falta de respeito para com a
opinião alheia. Sob mais que, tratando-se de palavra inventada, e, como adiante
se verá, embirrando o hipotrélico em não tolerar neologismos, começa ele por se
negar nominalmente a própria existência.
(ROSA, G. Tutameia: terceiras estórias. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2001) (fragmento).
Nesse trecho de uma obra de Guimarães Rosa,
depreende-se a predominância de uma das funções da
a)
metalinguística, pois o trecho tem como propósito essencial usar a língua
portuguesa para explicar a própria língua, por isso a utilização de vários
sinônimos e definições.
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.
b) referencial, pois o trecho tem como principal objetivo discorrer sobre um fato que não diz respeito ao escritor ou ao leitor, por isso o predomínio da terceira pessoa.
c) fática, pois o trecho apresenta clara tentativa de estabelecimento de conexão com o leitor, por isso o emprego dos termos “sabe-se lá” e “tome-se hipotrélico”.
d) poética, pois o trecho trata da criação de
palavras novas, necessária para textos em prosa, por isso o emprego de
“hipotrélico”.
e) expressiva, pois o trecho tem como meta mostrar
a subjetividade do autor, por isso o uso do advérbio de dúvida “talvez”.
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