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domingo, 9 de novembro de 2014

I- Tema:  ARCA DAS LETRAS- PRÁTICA DA LEITURA DE TEXTOS NA ESCOLA

II- Problema: Esse trabalho tem o intuito de observar a atividade de leitura por parte dos professores de Língua Portuguesa do ensino médio da escola Lourenço Filho, é através desta observação que iremos analisar como esta prática de conhecimento está sendo mediada aos alunos, e se há retorno de saberes.

III- Justificativa
As histórias estão  presentes em nossa cultura há muito tempo e o hábito de contá-las e ouvi-las tem inúmeros significados. Está relacionado ao cuidado afetivo, à construção da identidade, ao desenvolvimento da imaginação, à capacidade de ouvir e de expressar-se. Além disso, a leitura aproxima a criança do universo das letras e colabora para a democratização de um de nossos mais valiosos patrimônios culturais: a escrita.
As atividades do projeto são realizadas na escola da rede de ensino público estadual no Instituto de Ensino Fundamental e Médio Lourenço Filho, e consistem no compartilhamento de livros, histórias,  opiniões e o próprio prazer da leitura. Em contato com os adolescentes do ensino médio, a equipe de Leitura narra histórias. Logo após os adolescentes e educadores exploram o acervo, aproximando o aluno da literatura com a perspectiva de transformá-lo em um homem letrado.
Junto com os órgãos envolvidos, com o mesmo propósito e olhar fixado na mesma direção, chegaremos a alcançar nossos objetivos, levar os estudantes do ensino médio ao ensino da leitura, como se lê e como se interpreta tal leitura, procuramos manter um incentivo constante desde a literatura infanto-juvenil até uma literatura romanesca. Para a concretização desse projeto, precisamos também da participação da família, que esse incentivo precisa ir além das paredes da escola, mas que possa chegar à casa de cada aluno, que é o alvo do projeto.
IV- Objetivos:
Geral:
l  Entender como se dar o ensino de Língua Portuguesa na sala de aula;
l  Como funciona a prática da leitura de textos;
l  Como funciona a prática da produção de textos;
l  Observar o gosto pela leitura nessa fase do ensino escolar;
l  Observar se há o incentivo do educador nesse processo, e se essa prática de leitura é estimulada pelo mediador do conhecimento.
l  Observar se essas práticas estão integradas no processo de ensino aprendizagem;
l  Tentar ultrapassar os limites da escola, a artificialidade que se institui na sala de aula quanto ao uso  da linguagem na modalidade oral (leitura).

Específicos:
l  Trabalhar com a literatura na escola e promover a aprendizagem para a constituição de sujeitos que simplesmente não pertençam a uma sociedade, porém a questione e a transforme.
l  Trazer a comunidade para perto da escola, através de voluntários que colaborem com o projeto.
l  Nossa proposta é que sabemos que uma coisa é saber a língua, isto é dominar habilidades de uso da língua em situações concretas de interação, entendendo e produzindo enunciados adequados aos diversos contextos, percebendo as dificuldades entre uma forma de expressão e outra. Outra coisa é saber analisar uma língua, dominar os conceitos e metalinguagens a partir dos quais se fala sobre a língua, se apresentam suas características estruturais e de uso.

V- Revisão de literatura:
Frequentemente ouvimos falar- e também falamos- sobre a importância da leitura em nossa vida, sobre a necessidade de se cultivar o hábito de leitura entre crianças e jovens, sobre o papel da escola na formação de leitores competentes, com o que concordamos prontamente.
Mas, no bojo dessa discussão, destacam-se questões como: O que é ler, Para que ler, Como ler. Evidentemente, as perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de leitura decorrente da concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote.
Foco no autor
Sobre essa questão Kock (2002) afirma que à concepção de língua como representação do pensamento corresponde à de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Trata-se de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que esta seja “captada” pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada.
Nessa concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto – lógico- do pensamento (representação mental) do autor, nada mais cabendo ao leitor senão “captar” essa representação mental, juntamente mental, juntamente com as intenções (psicológicos) do produtor, exercendo, pois um pape passivo.
Foco no texto
A leitura é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade, uma vez que”tudo está dito no dito”. Se na concepção anterior, ao leitor cabia o reconhecimento das intenções do autor, nesta concepção, cabe-lhe o reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto. Em ambas, porém, o leitor é caracterizado por realizar uma atividade de reconhecimento, de reprodução.
Foco na interação autor – texto- leitor
Diferentemente das concepções anteriores, na concepção interacional (dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como atores e construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente- se constroem e são construídos no texto, considerando o próprio lugar da interação e da interação e da constituição dos interlocutores.
Nessa perspectiva, o sentido de um texto é construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação. A leitura é pois, uma atividade interativa altamente complexa de produção de sentidos, que se realiza evidentemente com base nos elementos linguísticos presentes na superfície textual e na sua forma de organização, mas requer a mobilização de um vasto conjunto de saberes no interior do evento comunicativo.
l  A leitura é uma atividade na qual se leva em conta as experiências e os conhecimentos do leitor;
l  A leitura de um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é simples produto da codificação de um emissor a ser decodificado por um receptor.
l  Nas considerações anteriores, explicitamos a concepção de leitura como uma atividade de produção de sentido. Pela consonância com nossa posição aqui assumida, merece destaque o trecho a seguir sobre leitura, extraído dos Parâmetros Curriculares de Língua Portuguesa :
A leitura é o processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. É o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo  tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.
In: Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos de ensino fundamental: língua portuguesa Secretaria de Educação Fundamental – Brasília: MEC SEF, 1998.
            Como vemos nesse trecho encontra-se reforçado, na atividade de leitura, o papel do leitor enquanto construtor de sentido, utilizando-se de estratégias, tais como seleção, antecipação, inferência e verificação.
VI- Metodologia: como pesquisar
O primeiro passo para o encaminhamento do projeto é a busca de mais parceiros que apoiem as ações a ser desenvolvidas (empresas, bibliotecas, editoras, secretarias e coordenações de educação, ONGs, entidades comunitárias, etc). O projeto esteve sendo elaborado para a escola, é nessa  fase que se faz um primeiro levantamento da escola que poderá ser beneficiada. Para isso devem ser levados em conta critérios como o interesse, a disponibilidade, o comprometimento e o desejo de agregar valores aos projetos de leitura que essa escola já venha desenvolvendo.
 Uma forma de criar os primeiros vínculos com a escola e perceber seu real interesse pela promoção da leitura é a utilização de um questionário diagnóstico. Em seguida, a equipe pedagógica deve apresentar ações para trabalharmos em parceria, tudo em favor da escola. Dessa forma, ela torna-se co-autora do trabalho.
Além disso, é nessa fase que se faz a divulgação para convidar os voluntários que atuarão dentro das escolas lendo para os alunos. Campanha de doação de livros também tornam o projeto viável.
Ao organizar as informações levantadas, é hora de conhecer local da escola e da instituição interessada em participar do Projeto de Incentivo à Leitura. Assim, é possível definir, em conjunto, os objetivos e ações voltados para as necessidades dessas crianças.
 Paralelamente, pode-se iniciar o processo de inscrição e seleção dos voluntários e definir qual seu papel na interação com os alunos da escola participante. Um cronograma de trabalho com a definição das ações culturais e educacionais e do número de participantes pode facilitar o início das atividades.
Essa fase pode ser iniciada com uma palestra de abertura oferecida por um especialista na área da educação. Esse é o momento em que a equipe do projeto se dedica à implementação das ações culturais e educacionais de fomento à leitura – levando em consideração a necessidade de se reunir acervos de textos literários próprio para adolescentes.


VII- CRONOGRAMA DE ATIVIDADES REALIZADAS NA ESCOLA COM OS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO
DATA
ATIVIDADES PROPOSTAS
08/02/2010
Feira de livros, palestra sobre a importância da leitura e teatro com bonecos fantoche.
12/02/2010
Exposição de livros literários e palestra sobre como elaborar uma redação.
15/02/2010
Documentário sobre leitura e teatro com bonecos fantoche.
19/02/2010
Aula expositiva, com vídeos e cartazes sobre acontecimentos no mundo.
22/02/2010
Exposição de livros, contação de histórias e recitação de poesias.
26/02/2010
Concurso de redação e poesias e confecção de livros.
01/03/2010
Entrega de certificados de participação, premiação dos ganhadores do concurso, sorteios de livros para os participantes.

X- Bibliografia:
GERALDI, João Wanderley. Prática da leitura de textos na escola. IEL. UNICAMP.

KOCH, Ingedore Villaça; Elias, Vanda Maria. Ler e compreender.

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